"Ferrari": Filme expõe a complexidade de Enzo Ferrari e a história da Escuderia na Fórmula 1

Estreando amanhã nos cinemas brasileiros, o filme "Ferrari" traz um olhar detalhado sobre a icônica escuderia de Fórmula 1 e seu fundador, Enzo Ferrari, interpretado por Adam Driver. A obra, dirigida por Michael Mann, promete ser mais do que uma simples homenagem ao automobilismo, abordando temas mais profundos e controversos.

O longa-metragem não se limita a enaltecer a figura de Enzo Ferrari, mas explora sua natureza dúbia e obsessiva, aspectos que são constantes nas obras de Mann, conhecido por filmes como “Fogo Contra Fogo” e “Inimigos Públicos”. O diretor, ao escolher essa narrativa, busca retratar a complexidade de personalidades contraditórias e obscuras.

A história do filme começa em 1957, um ano depois de Enzo perder seu filho de dez anos. A trama se desenrola em torno das perdas pessoais de Ferrari e as consequências trágicas no mundo das corridas. A morte não é apenas um tema recorrente nas pistas, mas também um elemento central na vida pessoal do protagonista, incluindo a complexa relação com sua esposa Laura, interpretada por Penélope Cruz, e a existência de uma vida dupla.

A narrativa também destaca a tendência da Ferrari em impor decisões polêmicas nas corridas, como foi o caso de pilotos brasileiros que tiveram de ceder suas posições para colegas de equipe. Esses momentos são ilustrados com sequências intensas de corridas e acidentes, evidenciando a perigosa natureza do esporte.

Interessante notar a participação do ator brasileiro Gabriel Leone, que interpreta um piloto descartável na engrenagem de Enzo Ferrari. Leone, coincidentemente, também estará em uma cinebiografia de Ayrton Senna, outra lenda do automobilismo.

"Ferrari" promete ser uma obra que não apenas celebra o legado da escuderia na Fórmula 1, mas também questiona e explora a complexidade e as contradições de seu fundador, oferecendo ao público uma visão mais aprofundada e crítica dessa figura histórica e do mundo ao seu redor.