Minas Gerais recebe primeiras doses de vacina contra dengue em meio a desafios

O estado se prepara para imunização contra a dengue, enfrentando a escassez de doses e a disseminação de informações falsas

Por Plox

21/02/2024 12h53 - Atualizado há 7 meses

As primeiras doses de vacina contra a dengue chegarão a Minas Gerais nesta quinta-feira, marcando um passo significativo na luta contra a doença. A distribuição, realizada pelo Ministério da Saúde, busca iniciar um processo de imunização, embora a quantidade exata de doses ainda não tenha sido divulgada. Fábio Baccheretti, Secretário de Saúde de Minas Gerais, expressou otimismo com a chegada das vacinas, vendo-as como uma esperança para mitigar as consequências da proliferação do Aedes aegypti.

Vacina contra dengue — Foto: Roberto Carlos/Secom

Desafios na Imunização

A implementação da vacinação enfrenta obstáculos, incluindo a limitação na produção. A indústria responsável pela vacina aprovada pela Anvisa, de origem japonesa, não consegue produzir mais de 10 milhões de doses anualmente para o Brasil. Isso restringe a imunização a, aproximadamente, 5 milhões de brasileiros este ano, considerando a necessidade de duas doses por pessoa. Baccheretti também destaca o desafio representado pelas correntes antivacinas e a necessidade de combater as fake news que associam os imunizantes a efeitos adversos.

Estratégias de Prevenção

Além da vacinação, o secretário enfatiza a importância de estratégias adicionais de prevenção, como a biofábrica de mosquitos Aedes aegypti modificados, que não transmitem a doença, e a conscientização sobre cuidados básicos dentro das residências. Apesar dos esforços de sensibilização, Baccheretti observa que a eficácia das medidas preventivas não tem sido a esperada, apontando para uma necessidade de maior engajamento da população no combate à dengue.

Papel da Sociedade no Combate à Dengue

O Secretário de Saúde apela por um maior envolvimento da sociedade na prevenção da dengue, argumentando que a responsabilidade não recai apenas sobre os gestores públicos, mas também sobre cada cidadão. A cooperação e o protagonismo dos indivíduos no combate diário às arboviroses são essenciais para reverter a tendência de aumento dos casos, agravada pelas mudanças climáticas que expandem a presença da doença a regiões anteriormente menos afetadas, como o Rio Grande do Sul.

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