Operação Xaropel II desmantela esquema de falsificação de mel em Minas Gerais

Polícia Federal e órgãos de inspeção atuam em conjunto contra fraude milionária em Campestre, Sul de Minas

Por Plox

21/02/2024 07h34 - Atualizado há 7 meses

Na manhã desta quarta-feira (21 de fevereiro), a Polícia Federal, com apoio de vários órgãos, deflagrou a operação "Xaropel II" no Sul de Minas. A ação, que conta com a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais (PMRv), tem como alvo a falsificação de mel e a fraude no registro do Sistema de Inspeção Federal (SIF). As investigações revelam que o produto falsificado era comercializado tanto em Minas Gerais quanto em São Paulo.

Foto: PF/Divulgação

Ação Policial em Detalhes A operação mobilizou cerca de 80 agentes federais para cumprir 16 mandados de busca e apreensão na cidade de Campestre. Esta fase segue a primeira etapa da operação, realizada em novembro de 2021, na qual foram expedidos 14 mandados e sequestrados bens dos investigados no valor de R$ 18,4 milhões.

Esquema de Falsificação e Lucros A investigação da Polícia Federal identificou que o grupo criminoso fabricava e vendia mel falso em empresas sediadas em Campestre, as quais apresentavam condições higiênicas precárias. Para simular a autenticidade do produto, os criminosos inseriam favos de mel verdadeiros nas embalagens, que eram preenchidas com xarope industrial. Este método permitia ao grupo lucrar enormemente, comprando açúcar a cerca de R$ 3 o quilo e vendendo o "mel" falsificado por até R$ 60 o quilo no varejo, um aumento de 2.000% em relação ao custo inicial. O esquema resultou em um faturamento estimado de R$ 4 milhões em 2023.

Possíveis Consequências Legais Os envolvidos no esquema enfrentam acusações por diversos crimes, incluindo associação criminosa, falsificação, corrupção, adulteração de produtos alimentícios, uso de invólucro ou recipiente com falsa indicação e falsificação de selo ou sinal público. Se condenados, as penas podem chegar a até 22 anos de reclusão, além de multa.

Destaques