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Economia

Paralisação de 5 montadoras no Brasil é causada por alta nos juros e redução de demanda; entenda

Fábricas da Volkswagen, GM, Stellantis, Mercedes-Benz e Hyundai colocaram os funcionários em férias coletiva

21/03/2023 às 13:52 por Redação Plox

A indústria automotiva brasileira enfrenta um novo desafio: paralisações de suas principais fábricas, como Volkswagen, GM, Stellantis, Mercedes-Benz e Hyundai, em função da alta nos juros e redução da demanda. Diferentemente dos episódios anteriores, a pandemia de Covid-19 não está no centro das atenções, mas sim o aumento da taxa básica de juros (Selic) feito pelo Banco Central desde 2021.

Analistas do setor apontam que o encarecimento do crédito e a diminuição do poder de compra da população resultam em menor potencial de financiamento e, consequentemente, na redução da demanda por veículos novos. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram queda de 34% nos emplacamentos de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus em janeiro de 2023 em comparação com o mês anterior.

Em fevereiro, nova queda foi registrada: 9% em relação a janeiro e quase 2% em comparação com o mesmo mês de 2022.

Foto: divulgação

 

 Especialistas afirmam que as paralisações são necessárias para evitar um acúmulo de novos modelos no estoque de montadoras e concessionárias, já que dois em cada três automóveis são adquiridos no Brasil por meio de financiamentos e as condições financeiras dos brasileiros se deterioraram.

Antônio Jorge Martins, professor de mercado automotivo da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), explica que a situação só deve melhorar quando a população conseguir restabelecer seu nível de renda ou com políticas de acesso facilitado ao crédito. O governo tem buscado reduzir os juros básicos do país e favorecer a condição de empréstimos.

Foto: divulgação

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia, nesta semana, sua decisão sobre os juros do país. A expectativa do mercado financeiro é de manutenção do atual patamar, de 13,75% ao ano. Isso significa que o custo dos financiamentos continuará elevado, impactando negativamente o mercado automotivo.

O governo federal trabalha para apresentar uma nova regra de política fiscal, substituindo o teto de gastos como instrumento de controle das contas públicas. Um bom plano de controle fiscal pode aumentar a confiança nos gastos públicos, atrair investimentos, acalmar as expectativas de inflação e permitir que o BC reduza os juros. Entretanto, atualmente, a situação é marcada pela redução da concessão de novos empréstimos e aumento da inadimplência no financiamento de veículos.
 

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