Aprovada em medicina esperou irmã gêmea passar também para cursarem juntas

Dhayna e Dhara Tavares, de 20 anos, estudarão em uma universidade federal da Bahia

Por Plox

21/04/2021 14h42 - Atualizado há cerca de 3 anos

Em um mundo movido pelas nossas urgências, nos inclinar às demoras do outro é algo incomum. Mas não foi para estudante Dhara Tavares de 20 anos. Aprovada em medicina há três anos, ela decidiu esperar a irmã gêmea Dhayna Tavares passar também no curso para estudarem juntas. De Jataí, sudoeste de Goiás, as irmãs gêmeas vão cursar medicina na Universidade Federal do Oeste da Bahia.

Dhara e Dhayna ingressaram na universidade através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) cuja classificação dos candidatos se dá com as notas que eles tiveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Foto: Arquivo pessoal/Dhayana Tavares Dias

Dhara chegou a ser aprovada em 2018 em medicina em uma universidade do Mato Grosso. Porém, ela decidiu fazer o Enem novamente e tentar conseguir ser aprovada com a irmã, que foi reprovada no exame naquele ano.

Dhayna conta que ela e a irmã mantiveram um espírito de união nos estudos.“Sempre estudamos juntas. Ela me ajuda, e eu ajudo ela. A gente compartilha questões. O que eu sei eu ensino, e ela também”, falou.

A pandemia adiou o sonho das irmãs. As aulas vão começar só em janeiro de 2022. Mas a admiração do pai das gêmeas começa desde já. Milton César Dias, 48 anos, falou que se sente “orgulhoso” por conta de onde as filhas chegaram e ainda aposta que elas irão se “realizar profissionalmente”. Ele ainda contou que os estudos delas sempre foram prioridade. O pai também acredita que a medicina é uma profissão que possibilita exercer o dom de ajudar o semelhante

Dhara e Dhayna se mudaram para Goiânia para realizarem o ensino médio. Elas também estudaram na cidade em cursos preparatórios de colégios particulares através de uma bolsa de estudos que ganharam.

As gêmeas com pai que diz se sentir “orgulhoso” com a conquista das filhas -  Foto: Arquivo pessoal/Milton César Dias

As irmãs estão vibrando como essa nova etapa da vida. “Vai ser mais fácil também. Não teríamos condições financeiras para estudar cada uma em uma cidade diferente. Estamos bem otimistas”, disseram.

Dhayna conta que desde quando era menina seu sonho era exercer a psiquiatria. “Desde criança eu já pensava, mas não tinha muita noção. Minha irmã já pensa em se especializar em geriatria. A pandemia também nos sensibilizou”, fala.

 

 

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