Forças de segurança de Minas Gerais apreendem quase mil armas e mais de 11 mil munições em operação da Interpol

Entre as armas apreendidas, destacam-se dois fuzis, 11 metralhadoras, 115 espingardas, 382 revólveres e 230 pistolas, entre outras

Por Plox

21/04/2023 09h39 - Atualizado há quase 2 anos

Durante a nona edição da operação Trigger, uma iniciativa da Interpol em parceria com 15 países da América Latina para combater o tráfico internacional de armas de fogo, as forças de segurança pública de Minas Gerais apreenderam 988 armas de fogo e 11.169 munições. O objetivo da iniciativa foi concentrar esforços das forças de segurança dos diversos países envolvidos para identificar e interromper atividades criminosas relacionadas ao tráfico de armas de fogo e crimes correlatos.

A operação Trigger IX foi realizada simultaneamente em todo o continente latino-americano entre 12 de março e 2 de abril, com foco no aprimoramento da cooperação policial internacional por meio da coleta e compartilhamento de ações de Inteligência em investigações de tráfico de armas e do uso de ferramentas específicas da Interpol. Em Minas Gerais, a operação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Materiais apreendidos pelas forças de segurança. Foto: Divulgação/Sejusp.

 

Efetivo policial e resultados da operação

No Estado, foi empregado um efetivo total de 486 policiais e 153 viaturas na operação. Foram 1.257 pessoas presas, conduzidas ou autuadas, além de 186 menores apreendidos. Entre as armas apreendidas, destacam-se dois fuzis, 11 metralhadoras, 115 espingardas, 382 revólveres e 230 pistolas, entre outras.

O superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves, destaca a importância da operação: "As forças de segurança de Minas Gerais e forças federais se empenharam de forma integrada na operação Trigger, que visa ao combate e controle da circulação de armas ilegais no nosso país. Foram apreensões muito vultosas, que contribuem para a preservação da segurança do povo mineiro, uma vez que tiram de circulação armamentos que estão de forma ilegal nas mãos das pessoas".

Já a delegada Cláudia Marra, diretora de Operações da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil de Minas Gerais, destaca que a operação foi encampada pela PCMG por meio da integração com os demais órgãos de segurança pública, no sentido de apoiar as forças federais com atuação repressiva qualificada contra o tráfico e o comércio ilegal de armas de fogo e munições.

Resultados nacionais da operação

No Brasil, a operação resultou na apreensão de 4.677 armas de fogo, 147.954 munições, 15.195 quilos de entorpecentes, 41.231 fiscalizações/abordagens de pessoas, 6.167 pessoas detidas por crimes diversos e 345 veículos apreendidos. As atividades operacionais foram concentradas em grandes centros urbanos de todas as regiões do país, em cidades fronteiriças e também no interior, com destaque para a fiscalização de rodovias, portos e aeroportos.

A operação contou com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Secretarias de Segurança Pública estaduais, Polícias Civil e Militar de todos os estados da federação, sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Houve também a participação do Exército Brasileiro nas ações de fiscalização sob sua competência exclusiva.

A integração entre os órgãos de segurança, com foco no combate à criminalidade, foi fundamental para o sucesso da operação. "A integração entre os órgãos, com foco no combate à criminalidade, sobretudo o tipo de gestão que controla e organiza toda a parte estatística, faz com que tenhamos dias melhores para nossas comunidades e nossa sociedade em geral", afirma o tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais.

A rápida troca de informações, a coordenação de atividades e o uso das ferramentas da Interpol para verificação cruzada de informações foram realizados pelo Centro de Comando da Operação, que reuniu coordenadores nacionais de todos os 15 países participantes.

A operação Trigger demonstra a importância da cooperação internacional no combate ao tráfico internacional de armas de fogo e crimes correlatos, e ressalta a necessidade de aprimoramento da integração e compartilhamento de informações entre as forças de segurança de diversos países.

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