Governo Lula tentou colocar sigilo de 5 anos em imagens de ex-ministro do GSI com golpistas, diz jornal
Demissão do general Gonçalves Dias após divulgação das imagens
Por Plox
21/04/2023 13h18 - Atualizado há mais de 1 ano
O Governo Federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recusou, em ao menos oito ocasiões, liberar o acesso às gravações do circuito interno do Palácio do Planalto referente ao dia 8 de janeiro, data em que extremistas invadiram e vandalizaram a sede do governo federal. A administração petista tinha a intenção de manter em segredo por um período de cinco anos as imagens registradas pelo sistema de vigilância do edifício, conforme informação divulgada pelo Estadão.
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Uma das câmeras de segurança flagrou o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, caminhando pelo andar onde se localiza o gabinete presidencial e apontando a saída do prédio aos invasores. Dias renunciou ao cargo após a divulgação dessas imagens pela CNN.
O general alegou que sua intenção era direcionar os invasores para o segundo andar do prédio, onde seriam capturados pelas forças do Exército. A repercussão do episódio levou o governo a pressionar pela saída do ministro e até mesmo a mudar sua posição acerca da criação de uma Comissão Parlamentar Mista no Congresso Nacional para apurar os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro. Inicialmente contrário à iniciativa, o governo agora apoia a formação da CPMI, que contará com membros da Câmara e do Senado.
Na tentativa de evitar a divulgação das gravações, o GSI classificou as informações como "reservadas", o que, de acordo com a Lei de Acesso à Informação, garantiria a proteção dos dados por um período de cinco anos.