Shein anuncia investimento R$ 750 milhões no Brasil e fecha parceria com empresas têxteis mineiras
A Shein pretende fornecer tecnologia e treinamento aos fabricantes brasileiros, de forma a modernizar seus modelos de produção e adotar um formato sob demanda da companhia asiática
Por Plox
21/04/2023 11h35 - Atualizado há quase 2 anos
A gigante do e-commerce asiático, Shein, anunciou nessa quinta-feira (20) a assinatura de um acordo com duas fabricantes de tecidos de Minas Gerais, Coteminas e Santanense. A notícia foi divulgada em um fato relevante publicado pela Springs Global, controladora das companhias mineiras.
No mesmo dia, a Shein revelou seus planos de investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos, com o objetivo de criar uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país. Em um comunicado, a varejista declarou: "A Shein (...) anuncia hoje que fará um grande investimento no Brasil, a fim de tornar o país um polo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina".
Financiamento e exportação de produtos
Conforme o documento da Springs Global, o memorando assinado com a Shein inclui o financiamento da varejista asiática para "reforço de capital de trabalho" das duas empresas brasileiras. Além disso, prevê contratos de exportação de "produtos para o lar" e a integração de 2 mil confeccionistas das companhias brasileiras como fornecedores da Shein "para atendimento do mercado local e regional".
Tecnologia e treinamento aos fabricantes brasileiros
A Shein pretende fornecer tecnologia e treinamento aos fabricantes brasileiros, de forma a modernizar seus modelos de produção e adotar um formato sob demanda da companhia asiática. A meta é que, até o final de 2026, cerca de 85% das vendas da Shein no Brasil sejam provenientes de fabricantes e vendedores regionais.
Polêmica tributária e decisão revertida
As recentes decisões da Shein ocorrem após a polêmica envolvendo a tentativa do governo brasileiro de eliminar a isenção tributária para encomendas internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas, o que poderia afetar o domínio de empresas asiáticas de comércio eletrônico, como Shein e Shopee, no Brasil. Diante da repercussão negativa, o governo recuou na medida.