Pelé foi o maior: revelação marcante do Papa Francisco em entrevista
Pontífice argentino surpreendeu ao eleger o Rei do Futebol como superior a Messi e Maradona
Por Plox
21/04/2025 11h55 - Atualizado há 4 dias
A madrugada desta segunda-feira (21) marcou o fim de uma era no Vaticano. O Papa Francisco morreu aos 88 anos, deixando não apenas um legado de fé e diplomacia, mas também uma história peculiar com o futebol.

Apesar de sua nacionalidade argentina, o líder religioso nunca escondeu sua admiração pelo brasileiro Pelé. Em uma entrevista concedida há dois anos à emissora italiana RAI, Francisco surpreendeu ao ser questionado sobre quem, entre Lionel Messi e Diego Maradona, considerava o maior jogador de todos os tempos. Sua resposta foi direta: Pelé.
— Eu coloco um terceiro: Pelé. São os três que eu segui. Maradona, como jogador, foi um grande. Mas, como homem, falhou. Messi é corretíssimo, é um senhor. Mas, para mim, desses três, o grande senhor é Pelé. Um homem de um coração… — declarou o pontífice na ocasião.
Francisco ainda revelou um encontro especial com Pelé, ocorrido em um voo para Buenos Aires. Segundo ele, os dois conversaram brevemente, e o Papa destacou a grande humanidade do ex-jogador brasileiro, que morreu em dezembro de 2022.
Em outra lembrança, o Papa recordou o contato com Diego Maradona, que ocorreu durante o primeiro ano de seu pontificado. Apesar do carinho demonstrado, lamentou os rumos que a vida do ex-jogador tomou.
— O coitado escorregou na corte daqueles que o bajulavam, mas não o ajudavam. Ele veio me ver aqui, no meu primeiro ano de pontificado. Depois, o coitado, teve seu fim. É curioso, tantos esportistas acabam mal. Também no boxe, muitos terminam mal. É curioso — refletiu.
A morte do Papa gerou reações em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou uma nota de pesar, na qual o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, compartilhou a experiência que teve ao encontrar o pontífice em 2022, durante a Cúpula Internacional do Esporte, promovida pelo Vaticano.
Na ocasião, o dirigente entregou ao Papa duas camisas da Seleção Brasileira e assinou a \"Declaração do Esporte Para Todos\", iniciativa que visa promover o esporte como ferramenta de desenvolvimento social.
— É com muita tristeza que recebi a notícia da morte do Papa Francisco, um dos grandes nomes da luta pela paz no mundo. Ele tinha um olhar especial para o esporte. Acreditava que o esporte era um dos fatores de transformação, como instrumento de uma cultura de paz na sociedade — disse Ednaldo.
Assim, encerra-se o ciclo de um dos papas mais carismáticos da história moderna, que não apenas marcou seu tempo pela religiosidade, mas também pela forma única como se conectou com o universo esportivo e seus protagonistas.