Lula afirma que Brasil não permitirá novo golpe de Estado

Durante a cerimônia de reinauguração do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o Brasil não voltará a sofrer um golpe de Estado, destacando a atuação da sociedade brasileira na defesa da democracia.

Foto: Presidência

Em seu discurso, Lula enfatizou que, se depender de sua gestão, qualquer tentativa de ruptura institucional será combatida. Ele afirmou: “Se depender de nós aqui, o Brasil nunca mais haverá de sofrer um golpe. Se sofrer um golpe, nós haveremos de destruí-lo”.

O evento também contou com a entrega da Ordem do Mérito Cultural a 112 pessoas e 14 instituições. Entre os homenageados, estavam importantes nomes da cultura nacional, como Alceu Valença, Alcione, Tony Tornado, Arlindo Cruz, Fernanda Torres, Walter Salles, Marcelo Rubens Paiva, Xuxa Meneghel, Marília Mendonça, Milton Nascimento, Martinho da Vila e Ney Matogrosso.

A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, foi uma das agraciadas com a maior honraria da premiação, o grau Grã-Cruz. A presença dela ao lado dos artistas reforçou o caráter simbólico e político da cerimônia, que também celebrou a reabertura de um dos marcos da arquitetura moderna brasileira.

Lula destacou ainda que o país atravessa seu período mais duradouro sob regime democrático desde a Constituição, e mesmo com imperfeições, a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023 foi rejeitada pela população. “A sociedade brasileira, mais uma vez, repeliu”, afirmou o presidente.

A cerimônia marcou a conclusão das obras de revitalização do Palácio Gustavo Capanema, iniciadas em 2019, com investimento de R$ 84 milhões. O edifício, considerado um ícone da arquitetura mundial, foi construído entre 1937 e 1945 para abrigar o Ministério da Educação e Saúde Pública. Seu projeto foi concebido por Lúcio Costa e contou com a colaboração de Oscar Niemeyer.

Agora, o local voltará a receber o público, com áreas abertas à visitação e espaços destinados ao funcionamento de escritórios do Ministério da Cultura.

O Palácio estava fechado há uma década e sua reabertura simboliza, segundo o governo, a valorização da cultura e da memória democrática do país.