Professora é afastada após denúncia de agressão contra criança autista em escola de Nova Lima
Educadora da Escola Municipal Emília de Lima está sob investigação após denúncias de maus-tratos contra criança de 7 anos com autismo severo
Por Plox
21/05/2025 09h52 - Atualizado há 1 dia
Uma professora da Escola Municipal Emília de Lima, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi afastada de suas funções após ser acusada de cometer maus-tratos contra um estudante autista de 7 anos, diagnosticado com grau 3 do transtorno.

O episódio aconteceu em abril deste ano, quando uma vizinha da instituição presenciou as supostas agressões e registrou parte do ocorrido em vídeo. Segundo informações, o episódio se deu em uma quadra esportiva dentro do colégio. A mesma testemunha acionou a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que compareceu ao local. Além disso, câmeras internas de segurança também teriam captado o momento das agressões.
Durante o atendimento dos militares, a educadora, de 51 anos, alegou que o aluno tem comportamento agressivo e afirmou ter sido mordida por ele nos seios e em um dos braços, o que a levou a procurar atendimento médico. Apesar dessas alegações, a situação continua sendo apurada pelas autoridades.
A Prefeitura de Nova Lima, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), divulgou uma nota oficial confirmando que medidas imediatas foram tomadas assim que a denúncia chegou ao conhecimento da equipe gestora da escola. De acordo com a administração municipal, os protocolos foram seguidos e houve acolhimento aos envolvidos.
A professora foi afastada tanto da escola quanto do atendimento ao aluno, e o caso segue em investigação pelas autoridades competentes
, destacou o comunicado.
Mesmo sem uma denúncia formal registrada pelos responsáveis do estudante — que preferiram não dar prosseguimento ao processo por motivos pessoais — a gestão municipal afirma ter atuado prontamente. O estudante já retornou às aulas e está sendo acompanhado diariamente com uma rotina adaptada. Equipes da Semed, compostas por fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e psicopedagogo, além de assistente social e psicólogo da escola, seguem monitorando o bem-estar da criança e mantendo reuniões com a família.
A prefeitura também explicou que, na rede municipal, alunos com deficiência que demandam maior suporte são avaliados por uma equipe técnica e pedagógica do Setor de Educação Especial, o que determina o acompanhamento por Professores de Apoio. Outros estudantes com deficiência, sem necessidade desse suporte, recebem atenção dos Profissionais de Apoio.
Atualmente, a rede de ensino municipal de Nova Lima conta com mais de dois mil profissionais capacitados, que passam por formações contínuas com o objetivo de garantir ambientes escolares seguros e acolhedores. Em sua nota, o município reforçou que repudia toda e qualquer forma de violência e reafirmou seu compromisso com a transparência, os direitos das crianças e a promoção de uma educação pública de qualidade.
O caso continua sob análise das autoridades e segue acompanhando desdobramentos que poderão influenciar diretamente nos protocolos internos de atendimento a alunos com deficiência na rede municipal.