Desde evacuações, sistema de saúde em Barão de Cocais teve 6 mil atendimentos a mais

Desde que o alerta para rompimento da barragem na mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, subiu para o nível 3 e quase 500 moradores tiveram que sair de suas casas em fevereiro, o sistema de saúde na cidade teve um aumento de 35% na demanda médica. Na parte de atendimento psicológico, os atendimentos cresceram 60%. 

População tem adoecido principalmente em razão de questões psicológicas- Foto: Prefeitura de Barão de Cocais

O chefe do Executivo disse que de fevereiro até agora, foram 6 mil atendimentos a mais que o normal, sendo 2 mil a mais mensalmente. “Nós perdemos duas unidades básicas de saúde que ficaram nas comunidades que tiveram que ser evacuadas. Nós temos um número aumentado de pessoas infartadas, com depressão, com hipertensão”, explicou. Apesar de a Vale ter repassado R$ 2,85 milhões à prefeitura para compensar os impactos, o prefeito Décio Geraldo dos Santos (PV), afirma que mineradora deveria tomar providências em relação à alta demanda nos serviços de saúde.

No mês passado, a Vale alertou a população para um possível rompimento da barragem Sul Superior, que poderia ocorrer até o dia 25 de maio, caso o talude se rompesse. Com isso, muitos moradores relataram problemas de saúde ligados ao emocional, como dificuldades para dormir, tristeza, depressão e prejuízos, pois ao serem evacuados, deixaram para trás suas casas, comércio. No final do mês passado, parte do talude começou a ruir de maneira gradativa, sem danos, sob monitoramento da Vale e da Defesa Civil.

Em nota, a mineradora disse que repassará R$ 5,66 milhões à Secretaria Municipal de Saúde, por meio de convênio, além de já ter destinaado para atendimento aos evacuados 70 trabalhadores da área da saúde.
Na sexta-feira, 28, haverá uma audiência de conciliação, onde estarão representantes da Vale, do município e do Ministério Público.

Atualizada às 13h28