Onça-pintada suspeita de matar caseiro no MS é acolhida em instituto de SP
Animal capturado após ataque mortal no Pantanal agora vive em recinto de proteção em São Paulo
Por Plox
21/06/2025 15h34 - Atualizado há 1 dia
Capturada no fim de abril, uma onça-pintada passou a viver em um espaço mantido pelo Instituto Ampara Animal, localizado em Amparo, no interior de São Paulo. O animal foi associado ao ataque que resultou na morte de Jorge Ávalo, de 60 anos, ocorrido em 21 de abril, às margens do rio Miranda, no Pantanal de Aquidauana, Mato Grosso do Sul.

Batizada como Irapuã — nome que significa “agilidade e força” em tupi-guarani — a onça chegou ao novo lar apresentando episódios de diarreia, mas, segundo o veterinário Jorge Salomão Júnior, responsável técnico do instituto, sua adaptação vem ocorrendo conforme o esperado.
“Do ponto de vista clínico, ele está evoluindo muito bem, está comendo cada vez melhor. Hoje, as fezes já estão firmes. A parte comportamental também está se ajustando, ele vem se adaptando super bem”, declarou Salomão.

Apesar da captura do animal em 24 de abril pela Polícia Militar Ambiental (PMA), ainda não foi possível confirmar se Irapuã foi, de fato, o responsável pelo ataque que matou o caseiro. A vítima, que trabalhava havia 16 anos em um pesqueiro local, já estava habituada à presença de onças na região.
Conforme apurado pelas autoridades, partes do corpo do caseiro foram encontradas em uma toca em área de mata densa, cerca de 300 metros distante do local do ataque. Pegadas do felino foram identificadas próximas aos restos mortais, que apresentavam marcas de mordidas e arranhões.
O laudo necroscópico, emitido pelo Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, confirmou que a causa da morte foi uma mordida de onça-pintada na cabeça. Imagens capturadas na área mostraram a presença de outros felinos na região, o que contribui para a incerteza sobre a real autoria do ataque por parte de Irapuã.