Tragédia no RS: temporais matam 3 e deixam milhares fora de casa
Fortes chuvas atingem 121 cidades gaúchas; Porto Alegre volta a abrir abrigos e Jaguari decreta calamidade
Por Plox
21/06/2025 12h44 - Atualizado há 2 dias
As intensas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul nesta semana já provocaram a morte de três pessoas e deixaram quase 8 mil fora de casa, entre desabrigados e desalojados, conforme o mais recente boletim da Defesa Civil estadual.

Até o momento, 1.914 pessoas estão acolhidas em abrigos públicos, enquanto outras 6.058 buscaram refúgio em casas de amigos ou familiares. As autoridades também reportaram o resgate de 731 indivíduos e o desaparecimento de uma pessoa. Ao todo, 121 municípios foram afetados, com 18 em situação de emergência e Jaguari decretando estado de calamidade pública.
Entre as vítimas fatais, um idoso de 72 anos morreu após ser atingido por uma árvore em Sapucaia do Sul; sua filha ficou ferida. Em Candelária, uma mulher de 54 anos morreu quando o carro em que estava foi arrastado pela água; seu marido segue desaparecido. A terceira morte ocorreu em Nova Petrópolis, onde um jovem de 22 anos foi encontrado sem vida dentro de um veículo submerso.
Em Porto Alegre, a prefeitura reativou abrigos emergenciais pouco após encerrar, no fim de maio, os centros de acolhimento da enchente histórica de 2024. A cidade também iniciou o fechamento preventivo de comportas diante da elevação do nível do Guaíba, que chegou a 3,12 metros e continua subindo. Embora ainda abaixo da cota de inundação de 3,6 metros, o risco de novas cheias preocupa as autoridades.
A Defesa Civil emitiu alertas para a elevação de rios como Jacuí, Sinos, Ibicuí e Uruguai. Em resposta à situação, o governador Eduardo Leite anunciou um pacote emergencial de R$ 60 milhões para os municípios atingidos: R$ 30 milhões destinados a reparos em rodovias estaduais e R$ 30 milhões para assistência direta às cidades afetadas, com repasses iniciais de R$ 100 mil por localidade. Leite comparou a atual situação com a tragédia de 2024, afirmando que, embora a chuva seja significativa, não atinge os mesmos níveis extremos do ano passado, quando foram registrados até 1.000 mm de precipitação em poucos dias.
As autoridades continuam monitorando a situação e orientam a população a seguir as recomendações da Defesa Civil para garantir a segurança de todos.