Vacinação contra a febre aftosa tem balanço positivo em Minas

Índice de vacinação no estado alcança 97,6% de bovinos e bubalinos imunizados

Por Plox

21/07/2021 09h20 - Atualizado há mais de 3 anos

Minas Gerais alcançou índice médio de 97,6% de bovinos e bubalinos vacinados contra a febre aftosa. Mais de 350 mil produtores rurais imunizaram cerca de 24 milhões de animais nos rebanhos mineiros. A campanha teve início em 1/5 e o período foi prorrogado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para 18/6, em razão do enfrentamento da covid-19. 


O balanço positivo da campanha é resultado do compromisso dos pecuaristas somado a iniciativas do Governo de Minas.  
A declaração da vacinação feita pelos pecuaristas junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), teve o prazo estendido até 28/6. Esses dados foram analisados diariamente pela Gerência de Defesa Sanitária Animal (GDA), por meio do Sistema de Defesa Agropecuária (Sidagro).


O coordenador estadual do Programa de Vigilância para a Febre Aftosa, fiscal do IMA Natanael Lamas Dias, atribui o sucesso da vacinação ao comprometimento do produtor e ao gerenciamento da campanha. “Apesar da pandemia, o alto índice alcançado confirma o cuidado do produtor rural com a sanidade do seu rebanho. Todas as regiões do estado fecharam com índices acima de 90%, atendendo ao planejado pelo programa de vacinação contra febre aftosa. Porém, tivemos problemas pontuais em alguns municípios”, pondera. 


Os municípios mineiros que tiveram índices de cobertura abaixo da média são: Santana dos Montes, Catas Altas, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Caeté, Sabará, Santa Luzia, Piedade de Caratinga, Bugre, Imbé de Minas, Ubaporanga,  Coronel Fabriciano, Ipatinga, Timóteo, Chapada do Norte, Conceição do Mato Dentro, Congonhas do Norte, Presidente Kubitschek, Serra Azul de Minas, Mamona, Jaíba, Matias Cardoso, Nova Porteirinha, São João das Missões, Iamim, Padre Carvalho, Varzelândia, São Gotardo, Novo Cruzeiro, Setubinha e Itaipé.


O fiscal do IMA e responsável pelo levantamento dos dados no Sidagro, Guaraciaba Santana, lembra que a GDA monitorou diariamente a campanha em todo o estado. “Um fator muito importante para o desempenho da campanha é a conscientização do produtor rural aliada a divulgação dos prazos a serem cumpridos conforme legislação vigente”, observa.

 

Foto: Ademola Adebowale / Pexels
 


Divulgação
O Governo de Minas, por meio da Seapa e sua vinculada IMA, organizou ações pontuais e estratégicas para divulgar a campanha em todas as regiões do estado. Dentre os destaques, spots publicitários para rádios e vídeos informativos, além de postagens nas redes sociais, com conteúdos que abordaram prazos, esclarecimentos e instruções sobre a vacinação contra a febre aftosa.

PNEFA
O Plano Estratégico de Retirada da Vacinação do Programa Nacional de Vigilância para febre Aftosa (PNEFA) tem como objetivo principal criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio pecuário nacional. Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.


Para realizar a transição de status sanitário, foram considerados critérios técnicos, estratégicos, geográficos e estruturais, que resultaram no agrupamento das unidades da federação em cinco blocos.


Minas Gerais pertence ao Bloco IV, na busca do novo status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação, juntamente com Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e parte do Mato Grosso.


Atualmente, a imunização dos animais é fundamental para Minas manter o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa com vacinação, status concedido pela Organização Mundial de Saúde (OIE), e que mantém importantes acordos internacionais.

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