Tragédia nos EUA: menino de 2 anos morre após contrair ameba letal
ANaegleria fowleri tem uma mortalidade superior a 97%; nos Estados Unidos foram registrados 157 casos, com apenas 4 sobreviventes
Por Plox
21/07/2023 07h55 - Atualizado há cerca de 2 anos
No início da manhã de terça-feira, Woodrow Bundy, uma criança de dois anos, teve sua vida interrompida por uma condição de saúde incomum e fatal. A fatalidade ocorreu após a infecção pela Naegleria fowleri, comumente conhecida como "ameba comedora de cérebros", adquirida enquanto o menino nadava em Ash Springs, Nevada, conforme informou o portal New York Post.

Contágio e sintomas da ameba
A infecção se deu enquanto Woodrow nadava, um cenário preocupante para os americanos, já que o parasita é mais comumente encontrado em água doce quente, como lagos e até mesmo piscinas mal cuidadas. O contágio ocorre quando a água contaminada entra no corpo pelo nariz, iniciando uma série de sintomas que podem se assemelhar a um quadro de gripe.
Inicialmente, os pais de Woodrow perceberam algo atípico quando o menino começou a apresentar sintomas semelhantes aos da gripe após o passeio e o levaram ao hospital imediatamente. Inicialmente, os médicos consideraram o diagnóstico de meningite, mas posteriormente identificaram a causa como a Naegleria fowleri.
A doença causada pela ameba é caracterizada por febre, náusea e vômito, que podem evoluir para rigidez no pescoço, alucinações, convulsões, coma e, infelizmente, a morte.
A Batalha de Woodrow
Woodrow lutou bravamente contra a doença, passando sete dias internado em um esforço para salvar sua vida. Sua mãe, Briana, compartilhou nas redes sociais a trágica notícia e sua despedida: "Woodrow Turner Bundy retornou ao Papai do Céu às 2h56. Ele lutou por sete dias. Eu sabia que tinha o filho mais forte do mundo. Ele é meu herói e serei eternamente grata a Deus por me dar o melhor menino no planeta", escreveu.
Situação alarmante: alta mortalidade da doença
A Naegleria fowleri é conhecida por causar a meningoencefalite amebiana primária (MAP), uma doença que afeta o tecido cerebral e tem uma taxa de mortalidade assustadora de 97%. De 1962 a 2022, os Estados Unidos registraram 157 casos da doença, sendo que apenas quatro pessoas sobreviveram.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) esclarecem que, embora devastadora, a doença não é contagiosa e, infelizmente, ainda não tem cura.