Boato sobre filha de Barroso é desmentido

Luna Barroso não mora nos EUA, não enfrenta deportação e segue com sua vida acadêmica e profissional no Brasil

Por Plox

21/07/2025 08h15 - Atualizado há 12 dias

Informações falsas começaram a se espalhar pelas redes sociais nos últimos dias, alegando que Luna van Brussel Barroso, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, estaria prestes a ser deportada dos Estados Unidos. No entanto, a alegação foi desmentida: Luna não reside no país norte-americano e não está envolvida em qualquer processo de deportação.


Imagem Foto: STF


Luna Barroso concluiu um curso de pós-graduação na renomada Universidade de Yale, localizada em New Haven, no estado de Connecticut, entre os anos de 2022 e 2023. Atualmente, ela está radicada no Brasil, onde prossegue seus estudos como doutoranda em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP).



Além da vida acadêmica, Luna também atua profissionalmente como advogada no escritório Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça Advogados — fundado por antigos colegas de seu pai. Ela trabalha na unidade da banca jurídica situada no Rio de Janeiro.



O boato sobre sua suposta deportação ganhou força após o anúncio feito por Marco Rubio, secretário de Estado do governo Trump, sobre a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes, ministro do STF, seus aliados e familiares. Rubio afirmou na plataforma X que a medida foi uma resposta às ações de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, Luna não está entre os atingidos.


Rubio não mencionou nominalmente Luna em sua publicação. Segundo apuração do Estadão, a lista dos que teriam tido o visto revogado inclui, além de Moraes, sete ministros do STF: Barroso, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Edson Fachin, bem como o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Os ministros André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques não foram citados.


O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu publicamente a Trump e Rubio pela decisão e afirmou que outras medidas poderão ser tomadas contra autoridades brasileiras.
\"Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA também - ou quem sabe até perderão seus vistos\", declarou Eduardo nas redes sociais.

Em resposta, o governo brasileiro repudiou a medida dos Estados Unidos, classificando a ação como uma interferência indevida no sistema judiciário nacional. A nota oficial afirma que a decisão fere princípios fundamentais de respeito e soberania entre nações.



Apesar da polêmica internacional, as informações envolvendo a filha de Barroso não procedem. Ela permanece no Brasil, onde mantém suas atividades acadêmicas e profissionais, sem qualquer impedimento de natureza diplomática ou legal.


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