Pen drive apreendido na casa de Bolsonaro continha apenas músicas gospel

Material analisado pela PF foi considerado irrelevante para o inquérito contra o ex-presidente

Por Plox

21/07/2025 13h32 - Atualizado há 3 dias

Durante uma operação da Polícia Federal realizada na última sexta-feira (18), na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, um pen drive foi apreendido, despertando curiosidade e especulações a respeito do seu conteúdo.


Imagem Foto: STF


O dispositivo foi encaminhado para o Instituto Nacional de Criminalística (INC), onde especialistas realizaram a extração completa dos dados. De acordo com informações obtidas pelo jornalista Túlio Amâncio, da Band, junto a fontes da investigação, o que havia armazenado no pen drive não apresentou qualquer relevância para o inquérito em andamento. O conteúdo se limitava a músicas gospel e algumas poucas imagens.



Ao comentar sobre o episódio ainda na sexta-feira, Bolsonaro demonstrou surpresa com a presença do pen drive em sua casa.
\"Uma pessoa pediu para ir ao banheiro e voltou com um pen drive na mão. Eu nunca abri um pen drive na minha vida. Não tenho nem laptop em casa. A gente fica preocupado com isso. Você acha que, se tivesse algo comprometedor – não sou bandido – se tivesse, estaria lá, à disposição? Vou perguntar à minha esposa se era dela\"

, declarou o ex-presidente, sugerindo que o item poderia pertencer à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


Na mesma operação, a Polícia Federal apreendeu ainda quantias em dinheiro, incluindo 14 mil dólares em espécie (cerca de R$ 78 mil) e R$ 8 mil. Também foi encontrada uma cópia de uma ação movida nos Estados Unidos pela plataforma Rumble contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.


Além das apreensões, Bolsonaro foi submetido a uma série de medidas cautelares. Entre elas estão o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com embaixadores, diplomatas e outros investigados, além da imposição de recolhimento domiciliar noturno nos dias úteis e integral nos finais de semana.



O ex-presidente, que nega as acusações, é investigado por supostamente liderar um plano de tentativa de golpe de Estado. Caso seja condenado, a pena pode chegar a até 43 anos de prisão. Ele afirma ser vítima de perseguição política.


Destaques