Polícia apreende arma de CAC acusado de agredir companheira em Ipatinga
Homem teve posse de arma suspensa após episódio de violência doméstica e ameaças à vítima
Por Plox
21/07/2025 15h56 - Atualizado há 3 dias
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Ipatinga, realizou nesta segunda-feira (21) o cumprimento de um mandado de busca e apreensão que resultou na retirada de circulação de uma pistola da marca Taurus, calibre 9mm, além de um carregador municiado com doze munições.

A ação foi autorizada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Ipatinga e teve como alvo um homem investigado por um caso de lesão corporal ocorrido no dia 17 de julho de 2025, em contexto de violência doméstica e familiar. O autor, após o ocorrido, foi colocado em liberdade sem pagamento de fiança, com medidas protetivas decretadas em favor da companheira, vítima das agressões.
No dia seguinte à soltura, em 18 de julho, a vítima compareceu ao 12º Departamento de Polícia Civil de Ipatinga e foi encaminhada à Delegacia Especializada, onde relatou novas ameaças. Segundo ela, por volta das 19h daquele mesmo dia, o autor esteve em sua residência exigindo objetos pessoais e uma motocicleta. Após ser autorizado a entrar na garagem, passou a insultá-la verbalmente. A vítima tentou acionar a Polícia Militar, mas o homem fugiu antes da chegada da viatura.

Ainda naquele dia, a mulher recebeu uma ligação de um líder religioso, a pedido do acusado, que exigia a entrega de roupas, um notebook e um cofre, juntamente com a chave. A vítima, temendo por sua segurança, informou que o homem é CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) e possui arma de fogo registrada e municiada, possivelmente guardada no cofre que estava em sua casa. Ela também revelou que o autor é usuário de drogas e medicamentos controlados, e que chegou a ameaçá-la, dizendo que ela “sofreria as consequências” de sua prisão.
Diante dos novos relatos e do risco à integridade da vítima, a Polícia Civil solicitou e obteve judicialmente o mandado de busca e apreensão, além da suspensão da posse de arma de fogo, conforme previsto no artigo 22, inciso I, da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha).
A PCMG reafirmou seu compromisso com a proteção das mulheres e o combate a qualquer forma de violência doméstica.