EUA enviam navios de guerra à Venezuela para intensificar combate às drogas
Deslocamento de três embarcações com mísseis Aegis ocorre após aumento da recompensa por Maduro
Por Plox
21/08/2025 11h03 - Atualizado há 3 dias
O governo dos Estados Unidos enviou três navios de guerra à costa da Venezuela com o objetivo declarado de reforçar o combate ao tráfico internacional de drogas.

A movimentação das embarcações, equipadas com sistemas de mísseis guiados Aegis, foi confirmada por uma fonte próxima à operação nesta quarta-feira (20). A fonte, que preferiu manter o anonimato, relatou à AFP que os navios seguem em direção às águas do mar do Caribe, próximas ao território venezuelano.
A iniciativa acontece após o governo do presidente Donald Trump elevar para US$ 50 milhões (cerca de R$ 273,6 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O líder venezuelano é acusado pela Justiça americana de envolvimento com o narcotráfico e apontado como integrante do suposto Cartel de los Soles, classificado pelos Estados Unidos como uma organização criminosa.
De acordo com a imprensa americana, além dos navios, Washington estaria planejando o envio de aproximadamente 4 mil fuzileiros navais à região. A Casa Branca foi questionada sobre a possibilidade de intervenção militar e respondeu que Trump pretende utilizar “todos os meios” disponíveis para conter o tráfico de drogas.
A secretária de imprensa do governo, Karoline Leavitt, reforçou essa posição, afirmando que Trump está comprometido em impedir o fluxo de entorpecentes para os EUA e responsabilizar os envolvidos. Ela também classificou o governo venezuelano como um “cartel do narcoterror” e reiterou que Maduro, na visão da administração americana, não é um presidente legítimo, mas um fugitivo acusado de tráfico de drogas.
Em resposta às ações dos EUA, Nicolás Maduro anunciou na segunda-feira (18) a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para enfrentar o que chamou de ameaças vindas de Washington.
A escalada de tensões entre os dois países aumenta o alerta internacional sobre os desdobramentos geopolíticos na América do Sul.