Mourão vê risco de 'quase guerra' em retaliação do STF aos EUA

Senador critica possibilidade de congelamento de ativos de empresas americanas no Brasil como resposta às sanções impostas por Washington

Por Plox

21/08/2025 10h59 - Atualizado há 7 dias

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou nesta quarta-feira (20) que o Brasil poderia enfrentar uma grave crise internacional caso a Suprema Corte avançasse em uma medida de congelamento de bens e ativos de empresas norte-americanas instaladas no país. Para ele, uma decisão desse tipo equivaleria a uma 'quase declaração de guerra' contra os Estados Unidos.


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O alerta do parlamentar surge em meio às discussões no Supremo Tribunal Federal (STF), que avalia como responder às recentes sanções aplicadas pela Casa Branca contra autoridades brasileiras. Mourão destacou em sua conta no X que, se adotada, tal postura colocaria o país em uma posição extremamente delicada diante da comunidade internacional.
\"Trata-se de uma medida estapafúrdia que jogaria o Brasil no limbo. Equivale a quase uma declaração de guerra\"

, escreveu o senador.

A polêmica ganhou força após decisão do ministro Flávio Dino, tomada na última segunda-feira (18). Dino determinou que nenhuma instituição ou empresa em funcionamento no Brasil poderá impor restrições decorrentes de 'atos unilaterais estrangeiros', salvo autorização expressa do STF. Com isso, o magistrado busca limitar os efeitos da chamada Lei Global Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos para sancionar o ministro Alexandre de Moraes.



Apesar da medida cautelar de Dino, veículos de imprensa informaram que alguns ministros da Corte cogitam ampliar a resposta e até mesmo autorizar o congelamento de ativos de empresas norte-americanas em território nacional. A hipótese, no entanto, tem provocado forte reação política e preocupação entre investidores, que temem os impactos diretos na relação bilateral entre Brasil e EUA.



A possibilidade de escalada diplomática, portanto, coloca em evidência não apenas o embate jurídico, mas também os desdobramentos econômicos e estratégicos de uma decisão que pode alterar o equilíbrio das relações internacionais do país.


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