Tribunal do Júri de Inhapim condena acusados por homicídio de pai de família executado por engano

O Tribunal do Júri da Comarca de Inhapim, no interior de Minas Gerais, confirmou sua reputação de efetividade no combate aos homicídios ao condenar dois homens por um crime brutal e marcado por um erro fatal. A dupla foi responsabilizada pela morte de Eraldo da Silveira, pai de família e trabalhador, que foi executado por engano em uma emboscada ligada ao tráfico de drogas.

Foto: Redes Sociais

Clayton dos Santos Emídio foi sentenciado a 24 anos de reclusão e Vinício André da Silva a 23 anos, ambos em regime fechado. O assassinato ocorreu no distrito de São Sebastião da Barra, município de Iapu, em 6 de dezembro de 2023. A região pertence à jurisdição da Comarca de Inhapim, onde o julgamento foi conduzido.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais, os réus tinham como alvo rivais do tráfico, mas erraram na identificação e acabaram matando Eraldo, que não tinha qualquer envolvimento com o crime. O homem foi surpreendido e rendido em um local isolado. Mesmo com as mãos levantadas e suplicando por sua vida, foi baleado e morreu na hora.

O Conselho de Sentença acolheu integralmente as teses do Ministério Público, reconhecendo a autoria, a materialidade e as qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Os promotores responsáveis pela atuação no Júri, Dr. Jonas Junio Linhares Costa Monteiro e Dr. Igor Henringer Chamon Rodrigues, reforçaram a importância da decisão como instrumento de justiça e enfrentamento ao tráfico.

“Atribuir ao Júri Popular a responsabilidade de condenar acusados por homicídio duplamente qualificado, por motivação torpe e em defesa da família da vítima, é uma grande conquista. O júri de Inhapim reafirma a marca de conseguir apurar, denunciar, levar a julgamento e condenar 100% dos homicídios consumados na Comarca”, destacou o Promotor Jonas Monteiro.

Embora ambos os acusados tenham comparecido em liberdade ao julgamento, a situação mudou após a sentença. Clayton já se encontrava preso por outro processo e teve sua nova pena unificada às anteriores. Já Vinício teve mandado de prisão expedido e foi conduzido imediatamente ao sistema prisional logo após o fim da sessão do Júri.

A atuação da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Inhapim reforça o compromisso da instituição em proteger vidas, responsabilizar com rigor os autores de crimes violentos e garantir justiça às famílias atingidas pela violência.