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O impacto negativo dos smartphones na saúde mental e no aprendizado de crianças e jovens é cada vez mais evidente, impulsionando debates sobre o banimento do uso desses dispositivos nas escolas. Diversos estudos apontam para uma relação direta entre o aumento da depressão e a queda de desempenho acadêmico desde a popularização dos smartphones a partir de 2010.
Aumento da depressão e do suicídio
O psicólogo norte-americano Jonathan Haidt, em seu livro "A Geração Ansiosa", reúne dados alarmantes sobre a saúde mental dos jovens nos últimos anos. Nos Estados Unidos, a depressão grave entre adolescentes aumentou 145% entre meninas e 161% entre meninos desde a disseminação dos smartphones. O índice de suicídio entre os meninos subiu 91%, enquanto entre as meninas, o aumento foi de 167%. Além disso, houve um aumento expressivo de automutilação, ansiedade e transtornos como o TDAH.
Estudos semelhantes foram encontrados em outros países, como Canadá, Inglaterra, Austrália e nos países nórdicos, todos apontando para uma correlação entre o uso excessivo de smartphones e problemas de saúde mental. Um dos dados mais impactantes é o aumento da sensação de solidão no ambiente escolar, evidenciado por avaliações do Pisa, que mostram uma deterioração do bem-estar emocional dos alunos, especialmente após 2010.
Impacto no aprendizado e distração nas aulas
O Pisa também identificou uma queda global no desempenho escolar após a massificação dos smartphones, incluindo nas nações com as melhores práticas educacionais. O uso dos celulares durante as aulas tem sido um fator de distração significativo. No Brasil, por exemplo, 8 em cada 10 estudantes afirmaram se distrair com o celular nas aulas de matemática, uma média bem acima da global.
Outro ponto crucial levantado por Haidt é a redução do tempo de sono e o aumento do consumo de pornografia entre adolescentes. Na Suécia, pesquisas revelaram que o número de estudantes do ensino médio que acessam pornografia diariamente cresceu exponencialmente desde a popularização dos smartphones.
Diferentes abordagens e resultados sobre o uso de celulares nas escolas
O debate sobre o banimento total dos celulares nas escolas tem ganhado força, mas as regulamentações variam bastante entre os países e até mesmo entre as instituições. No Reino Unido, um estudo mostrou que escolas que proibiram o uso de smartphones registraram melhores desempenhos no exame nacional GCSE, com muitas dessas instituições sendo classificadas como "excelentes" pelo órgão regulador Ofsted.
Nos Estados Unidos, a Mountain Middle School, no Colorado, foi uma das primeiras a adotar a proibição dos celulares em 2012, o que resultou em uma melhoria notável no desempenho acadêmico. O estado enfrentava a maior taxa de suicídios entre adolescentes no país, e a decisão foi vista como uma tentativa de mitigar essa crise.
Porém, a diversidade nas regras dificulta a realização de pesquisas abrangentes sobre os impactos dessas medidas. Em algumas escolas, o banimento é total, enquanto em outras há flexibilizações, como a proibição apenas durante as aulas ou a liberação em determinados intervalos.
A situação no Brasil
No Brasil, o aumento da ansiedade entre jovens tem sido uma questão preocupante. Dados levantados pela Fiocruz indicam um crescimento anual de 6% nos suicídios entre jovens entre 2011 e 2022, período que coincide com o aumento do uso de smartphones. O levantamento também revelou que o número de casos de autolesão aumentou 29% ao ano durante o mesmo período.
Especialistas brasileiros apontam que o uso excessivo de celulares está diretamente ligado a esse aumento nos problemas de saúde mental. Uma pesquisa da Folha de S.Paulo revelou que, pela primeira vez, o número de crianças e adolescentes atendidos pelo SUS por questões de ansiedade superou o de adultos.
Com esse cenário preocupante, a discussão sobre o banimento dos celulares nas escolas brasileiras também começa a ganhar
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