Mulher perde R$100 mil em golpe via aplicativo de relacionamento

A vítima, enganada por um suposto engenheiro petroleiro, recebeu solicitações de depósitos frequentes durante um ano e meio

Por Plox

21/10/2023 20h02 - Atualizado há 9 meses

Uma residente da Pampulha, em Belo Horizonte, de 56 anos, relatou às autoridades na última sexta-feira (20) sobre um golpe financeiro que sofreu ao utilizar um aplicativo de relacionamento. O relato foi formalizado como um caso de estelionato pela Polícia Militar

 

Início da Comunicação e Sinais de Golpe

A vítima contou que, entre maio de 2021 e dezembro de 2022, manteve comunicação com um indivíduo que alegava ser estrangeiro e profissional no setor petrolífero. O contato entre ambos foi estritamente através de videochamadas e e-mails. O homem, além de prometer presentes, solicitava constantemente depósitos monetários, apesar de nunca terem se encontrado pessoalmente.

Ela menciona: “Ele afirmou que enviaria um presente e que eu seria notificada, o que de fato ocorreu. Contudo, só recebia pedidos de depósito. Ele se apresentava como engenheiro do petróleo e assegurava que eu podia confiar nas pessoas que entrariam em contato comigo”.

 

Os Valores e Justificativas para os Depósitos

Os montantes solicitados pelo suposto engenheiro chegavam até R$15 mil, com variação conforme a cotação do dólar, e podiam ser solicitados semanalmente. Diversos motivos eram apresentados para justificar os depósitos, incluindo razões como "antiterrorismo" e supostas questões de "lavagem de dinheiro".

A vítima acreditava que os depósitos estavam ligados à chegada de um presente prometido - uma caixa contendo fotografias, um anel, um celular, objetos pessoais do golpista e até mesmo seu suposto contrato de trabalho. Entretanto, a caixa prometida nunca foi entregue.

 

Reconhecimento do Golpe e Prejuízo

Ao longo de um período de aproximadamente um ano e meio, a vítima estima ter perdido mais de R$100 mil em depósitos. “Eu continuava acreditando que o presente chegaria, já que ele mantinha contato regular comigo. A situação tomou um rumo surpreendente quando recebi um atestado de óbito dele. Foi somente após um ano do último contato que percebi o golpe e decidi denunciar", relata ela.

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