O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou, nesta terça-feira (21/10), uma viagem de uma semana pela Ásia, com agendas programadas na Indonésia e na Malásia. A expectativa é que, durante o roteiro internacional, ocorra o primeiro encontro bilateral entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Líderes buscam aproximação na cúpula do sudeste asiático

Após uma escala em Joanesburgo, na África do Sul, a comitiva presidencial brasileira deve desembarcar nesta quarta-feira na capital da Indonésia. No dia seguinte, Lula fará uma visita oficial ao presidente indonésio, Prabowo Subianto, marcando a retribuição pela estadia do líder asiático em Brasília, em julho deste ano.

Na sexta-feira (24/10), Lula segue para a Malásia, onde participa de encontros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e da Cúpula da Ásia do Leste. A região asiática é considerada estratégica pelo governo brasileiro para o fortalecimento de laços econômicos, especialmente diante de desafios recentes no cenário internacional, como a crise do multilateralismo e as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos.

Possível encontro entre Lula e Trump pode redefinir relações

Os presidentes Lula e Trump estarão presentes na cúpula da ASEAN, o que aponta a possibilidade de uma reunião bilateral considerada histórica pelos dois governos. A expectativa é de que o encontro ocorra já no domingo, após o encerramento da cúpula, em Kuala Lampur.

Segundo diplomatas, a realização do encontro em um país considerado neutro contribuiria para evitar possíveis embaraços diplomáticos. Outro ponto importante da agenda brasileira é a tentativa de reverter as altas tarifas e sanções impostas recentemente aos produtos e autoridades nacionais.

Negociações avançam entre Brasil e Estados Unidos

Na semana anterior à viagem, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, encontrou-se em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. No encontro, Vieira ressaltou que abordou prioridades como a reversão das tarifas e das sanções norte-americanas, classificando o diálogo como “muito produtivo”.

A partir dessas conversas, as equipes diplomáticas dos dois países estabeleceram um cronograma de negociações, incluindo reuniões técnicas e, possivelmente, o aguardado encontro presencial entre Lula e Trump.