Morre Cleriston Pereira da Cunha, preso por invasão dos Três Poderes, na Papuda
Empresário e político baiano, detido desde janeiro, morre durante banho de sol na penitenciária.
Por Plox
21/11/2023 08h21 - Atualizado há mais de 1 ano
Cleriston Pereira da Cunha, um empresário de 46 anos com laços familiares na política baiana, faleceu nesta segunda-feira na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Conhecido como "Clezão do Ramalhão", ele estava detido desde o evento do 8 de Janeiro, quando participou da invasão dos prédios dos Três Poderes. Sua prisão, inicialmente em flagrante, foi posteriormente convertida em preventiva.

Raízes Familiares e Políticas Cleriston era membro de uma família com histórico político no interior da Bahia. Seu irmão, Cristiano Pereira da Cunha, conhecido como Cristiano do Ramalho, é vereador de Feira da Mata pelo PSD. O pai de Cleriston, Edson Cunha, foi vice-prefeito da mesma cidade entre 1989 e 1992. Apesar de sua origem baiana, Cleriston vivia no Distrito Federal há cerca de duas décadas.
Características Pessoais Descrito pelo irmão como uma "pessoa extrovertida, amiga e brincalhona" e um "verdadeiro patriota", Cleriston era conhecido por seu espírito brincalhão e amigável. A perda de Cleriston foi profundamente sentida por sua família, como expressou Cristiano em entrevista ao Estadão.
Acusações e Processo Judicial Cleriston estava sendo processado por uma série de acusações graves, incluindo associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O processo estava sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).
Condições de Saúde e Detenção Durante sua detenção na Papuda, Cleriston, que sofria de diabetes e hipertensão, estava sob cuidados médicos e fazia uso de remédios controlados. Sua defesa havia solicitado ao STF sua liberdade provisória, pleito ao qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente em setembro, embora uma decisão do STF ainda estivesse pendente.