Cirurgiã plástica acusa marido de abusos sexuais e agressões antes de sua morte

Médica, principal suspeita do assassinato do advogado, denuncia violência física, fraudes financeiras e monitoramento clandestino.

Por Plox

21/11/2024 08h29 - Atualizado há 7 meses

A cirurgiã plástica Daniele Barreto Oliveira, de 46 anos, principal suspeita de comandar o assassinato do advogado José Lael de Souza Rodrigues Júnior, de 42 anos, detalhou em uma carta extensa as violências que afirma ter sofrido durante o relacionamento. José Lael foi morto a tiros no dia 13 de junho, e Daniele nega envolvimento direto no crime, mas permanece sob investigação.

Relatos de abusos físicos e sexuais

Daniele escreveu uma carta de 12 páginas na qual descreve um histórico de agressões e abusos cometidos pelo marido. Segundo a médica, ela era frequentemente agredida com tapas, socos e puxões de cabelo. Ela também revelou que José Lael teria instalado câmeras escondidas para monitorá-la, além de gravar episódios de abuso sexual.

Dois vídeos entregues à defesa reforçam as acusações. Em um deles, Daniele aparece dopada, enquanto José Lael a abusa sexualmente. No segundo, ela relata ter acabado de ser agredida, enquanto o advogado, ao fundo, tenta impedir a gravação.

Reprodução/ Redes sociais

Fraudes e crimes financeiros

Além das agressões, Daniele acusou o marido de diversas fraudes financeiras. José Lael teria falsificado documentos para obter 15 empréstimos no Banco do Brasil, usado cartões de crédito em nome da médica sem autorização e contraído uma dívida de R$ 1 milhão em pensões atrasadas. Ele também teria feito um empréstimo de R$ 100 mil no nome da mãe de Daniele sem permissão.

Um ex-estagiário de José Lael, Matheus Aniel de Jesus, corroborou parte das acusações ao afirmar, em depoimento, que o advogado cometia crimes financeiros e processuais, além de aplicar golpes em clientes.

Investigação e prisão da médica

Daniele segue sendo a principal suspeita pelo assassinato do marido. Testemunhas indicam que ela, uma amiga e sua secretária, que seria também sua namorada, foram vistas no local onde os assassinos foram contratados. Além disso, as três teriam usado um carro para dar suporte logístico aos atiradores no dia do crime.

Mesmo separados, Daniele e José Lael continuavam morando na mesma residência. Eles tinham um filho de 12 anos, cujo nome teria sido usado para abrir uma conta bancária que ocultava cerca de R$ 12 milhões de credores.

Denúncias contra Daniele

A cirurgiã plástica também enfrenta diversos processos movidos por clientes insatisfeitos com os resultados de seus procedimentos médicos.

Acusações sobre envolvimento em crimes graves

Daniele ainda alegou que José Lael estava envolvido em atividades ilícitas como tráfico de armas e homicídios. Segundo ela, os crimes cometidos pelo advogado contribuíram para a deterioração do relacionamento e os conflitos financeiros entre eles.

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