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Saúde

OMS mobiliza líderes mundiais para ampliar vacinação contra HPV e combater câncer de colo de útero

Vacinação preventiva é essencial para eliminar o único tipo de câncer totalmente evitável, afirma a OMS

21/11/2024 às 11:54 por Redação Plox

A Organização Mundial da Saúde (OMS) intensificou seu apelo global para o combate ao câncer de colo de útero, destacando a vacinação contra o HPV como uma ferramenta crucial. Durante visita recente, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que esse é o único tipo de câncer que pode ser completamente prevenido. “Esse é o único câncer que temos todas as ferramentas para eliminar”, afirmou em suas redes sociais. O apelo foi direcionado principalmente aos líderes do G20, em busca de apoio para a ampliação da imunização em nível global.

Foto; Pexels/ Reprodução

A gravidade do problema no Brasil

Dados do Ministério da Saúde revelam um cenário alarmante no Brasil: 17 mil mulheres recebem, anualmente, o diagnóstico de câncer de colo de útero, e mais de 6 mil morrem devido à doença. Este tipo de câncer é o quarto mais frequente entre mulheres no mundo, segundo a OMS.

Uma das principais causas da doença é a infecção pelo HPV (papilomavírus humano), que também está associado a outros tipos de câncer, como os de cabeça e pescoço, ânus, pênis, vagina e vulva.

Vacina contra HPV: quem pode se imunizar pelo SUS

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina tetravalente contra o HPV. Ela está disponível para:

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos.
  • Adultos imunossuprimidos, como pessoas com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, até 45 anos.
  • Vítimas de violência sexual.

A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, que são os principais causadores do câncer de colo de útero. A oncologista Marcela Bonalumi, do Grupo Oncoclínicas, alerta para a importância da vacinação antes do início da vida sexual. “É preocupante para todos ver esse tipo de tumor avançando quando sabemos que ele é altamente prevenível”, afirma.

Cobertura vacinal ainda é insuficiente

Apesar da disponibilidade da vacina, os índices de imunização estão aquém do ideal. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, entre 2017 e 2022, apenas 35,67% dos meninos de 9 a 14 anos completaram as duas doses da vacina. Para as meninas na mesma faixa etária, a cobertura foi um pouco maior, atingindo 69,5%.

Impactos da imunização além do câncer de colo de útero

A vacinação contra o HPV não se limita à prevenção do câncer de colo de útero em mulheres. Nos homens, a imunização é eficaz na redução do risco de câncer de cabeça e pescoço, além de proteger contra câncer anal e de pênis. Em mulheres, também contribui para evitar casos de câncer de vulva e vagina.

Os esforços da OMS e dos sistemas de saúde, como o SUS no Brasil, buscam conscientizar sobre a importância da vacinação em massa, visto que é uma estratégia essencial para reduzir as taxas de mortalidade e a incidência de diferentes tipos de câncer relacionados ao HPV.

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