Flávio Dino promete solução breve para o caso Marielle Franco

No Rio de Janeiro, durante a cerimônia de despedida do Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta quinta-feira (21), Flávio Dino assegurou que o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, terá uma solução completa em breve. Esta declaração vem em um momento crucial, já que Dino está prestes a deixar o cargo para se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro.

Compromisso de Lula e avanços na investigação Dino relembrou o compromisso assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral e reafirmou seu empenho na resolução deste caso emblemático. "Eu, no dia 2 de janeiro, disse que nós iríamos elucidar definitivamente o caso Marielle Franco", afirmou Dino, destacando o progresso das investigações. Ele admitiu não ter controle direto sobre o inquérito, mas expressou confiança na rápida elucidação, contando com a colaboração do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Delação Premiada e Papel da Polícia Federal A investigação ganhou impulso significativo com a delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz em julho, que confessou seu papel no crime. A Polícia Federal, sob a gestão de Andrei Rodrigues, tem feito avanços notáveis no caso, especialmente após a revelação de Queiroz, responsável por dirigir o veículo utilizado no assassinato.

Últimas ações de Dino no Ministério O anúncio foi feito em um dos últimos eventos de Dino como Ministro da Justiça, marcando um ano de gestão e destacando as iniciativas de segurança pública implementadas. Seu mandato se encerra em 8 de janeiro, coincidindo com a comemoração do primeiro ano dos ataques às sedes dos Três Poderes.

Transferência do caso para o STJ Em uma virada significativa, o inquérito sobre o duplo homicídio foi transferido do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro. Essa mudança ocorreu após novas suspeitas envolvendo Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que foi implicado na delação de Élcio Queiroz.