A engenheira Mariani Gambarini Vassoler, de 31 anos, morreu na noite desta sexta-feira (19) em um acidente na rodovia ES-297, na zona rural de Mimoso do Sul, no Sul do Espírito Santo. Natural de Iconha, na mesma região, ela viajava para o estado para passar o Natal com a família.

O carro em que Mariani estava, um Toyota Etios, seguia de São Paulo para o Espírito Santo quando, segundo familiares, ela perdeu o controle da direção e bateu na lateral de um caminhão carregado com cimento a granel.

O cachorro da engenheira, que também estava no veículo, sobreviveu ao acidente e permaneceu ao lado da tutora até a chegada do socorro. O animal foi resgatado pela família e passa bem.

Viagem de São Paulo para passar o Natal em família

De acordo com parentes, Mariani saiu de São Paulo com destino ao Espírito Santo para passar o fim de semana, o Natal e as festas de fim de ano com a família. Durante o trajeto, ela fez uma parada no Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

Ela vinha passar o Natal com a família e aproveitou, parou para agradecer a Nossa Senhora Aparecida e no meio do caminho, chegando em um trevo de Mimoso, rodou o carro na pista. Estava um pouco molhada e veio a colidir com uma carreta.

Romeu Gambarini, tio de Mariani

Segundo o tio, o cachorro de Mariani, chamado Chopp, era muito ligado à tutora e vivia com ela em São Paulo. Ele também estava no carro no momento do acidente e sobreviveu.

Após a batida, o animal permaneceu ao lado do corpo de Mariani até que o resgate chegasse ao local, de acordo com o relato da família.

Cachorro era companheiro constante da engenheira

Romeu contou que Chopp acompanhava a engenheira no dia a dia em São Paulo e foi levado por ela para passar o fim de ano com a família no Espírito Santo.

O tio relatou ainda que, mesmo diante da cena do acidente, o cachorro não se afastou da tutora até que ela fosse removida pela equipe de socorro.

Carreira, mudança para São Paulo e planos interrompidos

Desde janeiro deste ano, Mariani morava em Sorocaba, no interior de São Paulo, em busca de crescimento pessoal e profissional. Antes da mudança, ela viveu em Iriri, balneário de Anchieta, onde trabalhou com o tio em um posto de combustíveis.

Segundo Romeu, a engenheira era reconhecida na família e no trabalho por ser focada e correta na carreira. A mudança para o interior paulista fazia parte dos planos da jovem para avançar profissionalmente.

Família relata dor e saudade

Abalado, o tio descreveu Mariani como uma pessoa muito próxima da família, comunicativa, carismática e querida por todos. Ela era madrinha da filha de Romeu, que faz aniversário na próxima segunda-feira.

Para a família, o Natal deste ano será marcado pela perda da engenheira, que era vista como uma figura agregadora e afetiva no convívio familiar.

Atendimento, perícia e investigação do acidente

De acordo com a Polícia Militar, quando os policiais chegaram ao local do acidente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já havia iniciado o atendimento e constatado que a vítima não apresentava sinais vitais.

O motorista do caminhão, que seguia no sentido Apiacá, relatou que o carro de Mariani rodou na pista e atingiu a carreta de lado, pelo lado do passageiro, por volta de 22h.

A polícia informou que o caminhoneiro permaneceu no local, ajudou no socorro e foi submetido ao teste de alcoolemia, que deu negativo.

Segundo a Polícia Civil, o motorista, de 65 anos, foi conduzido à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, ouvido e liberado conforme o previsto no Código de Trânsito Brasileiro, já que permaneceu no local e não foram identificados indícios de crime que justificassem prisão em flagrante.

O caso seguirá sob investigação na Delegacia de Polícia de Mimoso do Sul.