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Verão 2025/2026 começa neste domingo com previsão de calor acima da média no Brasil e menos chuva
Estação terá chuvas irregulares, influência da Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul e risco de ondas de calor, com La Niña perdendo força até o fim de janeiro
21/12/2025 às 09:08por Redação Plox
21/12/2025 às 09:08
— por Redação Plox
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A estação mais quente do ano começa neste domingo (21) com perspectiva de chuvas um pouco abaixo da média e temperaturas acima do normal em boa parte do país, segundo a Climatempo.
Previsão indica menos chuva durante o verão
Foto: Agência Brasil
O verão tem início às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo e se estende até as 11h45 do dia 21 de março de 2026.
Estação mais quente, dias longos e tempo instável
Caracterizado pela elevação das temperaturas em todo o país, o verão traz dias mais longos do que as noites e mudanças rápidas nas condições do tempo, com pancadas e temporais típicos da estação.
De acordo com os meteorologistas, este verão não deve ser influenciado por fenômenos como El Niño ou La Niña.
O episódio de La Niña que predominou na primavera vai terminar até o fim de janeiro de 2026. Assim, a maior parte do verão 25/26 será em modo de neutralidade no oceano Pacífico Equatorial
Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo
Alta do Atlântico deve reduzir as chuvas
Embora sem a influência direta de El Niño ou La Niña, outro sistema atmosférico deve ter grande impacto no clima do Brasil ao longo do verão: a Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS).
A ASAS é um grande anticiclone, uma região da atmosfera em que a circulação dos ventos é anti-horária. Ela se mantém de forma quase permanente entre o Brasil e a África, como parte da circulação atmosférica global.
Esse sistema atua sobre parte do território brasileiro durante todo o ano, mas, quando se aproxima mais do país do que o normal, provoca redução de chuvas em áreas do Sudeste, parte do Nordeste e do Centro-Oeste.
Quando essa aproximação acontece no verão, as principais consequências são a diminuição da nebulosidade, menor frequência de chuva e mais períodos de tempo firme e quente.
Segundo a Climatempo, a ASAS dificulta a formação de grandes áreas de instabilidade, que costumam provocar chuva persistente por vários dias, e ainda torna irregulares as tradicionais pancadas de verão.
Chuvas irregulares e abaixo da média
Com a atuação mais intensa da ASAS, o verão deste ano deve ser marcado por chuvas abaixo da média em grande parte do país.
Em janeiro e fevereiro, a expectativa é de temporais em todas as regiões, mas de forma irregular, alternando períodos de chuva forte com fases de muitos dias secos. Para março, a tendência é de maior regularidade nas precipitações.
Mesmo assim, a projeção é de volumes um pouco abaixo da média climatológica na maior parte do território nacional ao longo da estação.
A costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, além de áreas do interior do Maranhão e do Piauí, deve registrar os índices de chuva mais abaixo do normal para o período.
Por outro lado, algumas regiões pontuais devem ter acumulados de chuva acima da média, conforme indicado nos mapas de previsão climática.
Temperaturas mais altas e risco de ondas de calor
Além da redução nas chuvas, a previsão aponta para temperaturas mais altas do que o normal em grande parte do Brasil durante o verão.
A presença da ASAS favorece uma maior ocorrência de veranicos, períodos de vários dias seguidos com temperaturas elevadas e ausência de chuva.
Áreas da Região Sul e a faixa de fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar episódios especialmente quentes, que podem ser classificados como ondas de calor.
Somente algumas áreas isoladas do país devem registrar temperaturas dentro da média climatológica para o verão, sem aquecimento significativo em relação ao padrão histórico.