Criança é uma das sete pessoas executadas em bar durante jogo de sinuca
A Plox traz informações sobre o fato
Por Plox
22/02/2023 15h15 - Atualizado há mais de 2 anos
Uma menina, de 12 anos, está entre as sete pessoas que foram executadas por dois homens nessa terça-feira (21), em um bar, na cidade de Sinop, em Mato Grosso. De acordo com a Polícia Militar (PM), a dupla participava de um jogo de sinuca em que houve aposta em dinheiro e perdeu uma partida. Pessoas que estavam no bar teriam feito piadas com eles, o que teria sido a motivação do crime, segundo a PM. A Polícia Civil já identificou os suspeitos, que estão foragidos. Larissa Frasao de Almeida, de 12 anos, foi assassinada já fora do bar enquanto corria após os homens abrirem fogo contra as pessoas que estavam no local. As outras vítimas também já foram identificadas. Acompanhe, ao vivo, na Plox:
Uma câmera de segurança do bar registrou o momento do crime. O fato ocorreu no bairro Jardim Lisboa, em Sinop, cidade localizada a 504 km de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Os acusados foram identificados como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos.
As vítimas são: Larissa Frasao de Almeida, de 12 anos; Orisberto Pereira Sousa; Adriano Balbinote; Getúlio Rodrigues Frasão Júnior; Josué Ramos Tenório; Maciel Bruno de Andrade Costa e Elizeu Santos da Silva, que chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
Conforme relato da Polícia Militar, os suspeitos haviam apostado uma quantia em dinheiro. Em imagens de redes sociais, circula um vídeo que uma das vítimas afirma ser R$ 10 mil para cada, sendo R$ 20 mil a aposta.

Segundo a Polícia Militar, os acusados haviam perdido a primeira partida e, para tentar recuperar o dinheiro, buscaram mais dinheiro para apostar novamente. Contudo, não obtiveram êxito e perderam mais uma vez. Com isso, foram feitas brincadeiras por parte das pessoas que participavam do jogo.
Nesse momento, os dois suspeitos se dirigiram até o carro e pegaram duas armas, uma delas de calibre curto, e renderam as pessoas no local. Uma vez que as vítimas estavam imobilizadas, um dos homens atirou com uma espingarda e, em seguida, foram ouvidos diversos disparos.
Vítima não tinha ligação com o jogo
Cícero Dias, filho adotivo de Josué Ramos Tenório, uma das vítimas da chacina ocorrida em um bar em Sinop na terça-feira (21), falou sobre a tragédia e a dor da família com a perda do ente querido. Segundo ele, seu pai "parou no estabelecimento para assistir o grupo que jogava sinuca, mas ele e outras pessoas não tinham nada a ver com a situação. Foi uma crueldade, uma situação desumana".
Cícero também afirmou que assistir a jogos era um dos passatempos preferidos de seu pai e que ele sempre ia ao bar para acompanhar as partidas, mas que nem estava jogando na hora do crime. "Nossa família está arrasada, todos sem entender", destacou o filho.
Josué era empresário e vendia frutas junto com a família. Ele deixa a esposa e quatro filhos, dois dos quais adotivos. De acordo com Cícero, o pai era uma pessoa boa e ele aprendeu tudo sobre o trabalho com ele. A família agora espera por justiça e que os acusados sejam localizados e punidos pelo que fizeram.