Consequências da dengue nos órgãos vitais: um alerta para a saúde pública

A dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, vai além dos sintomas conhecidos como dor muscular e febre, podendo afetar severamente órgãos vitais como fígado, rins e coração. Segundo o infectologista Carlos Starling, a infecção pode resultar em complicações duradouras, incluindo insuficiência cardíaca e problemas renais e hepáticos. A inflamação, e não a infecção em si, é frequentemente a culpada pelas complicações graves, assemelhando-se aos impactos observados na Covid-19, conforme explicado pela infectologista Gabriela Araújo.

Fígado em risco

O fígado é um dos órgãos mais afetados pela dengue, com a hepatite e a insuficiência hepática sendo complicações notáveis. A história de Maria Salvadora, que enfrentou problemas hepáticos após contrair dengue, ilustra a gravidade das sequelas possíveis, embora ela tenha conseguido uma recuperação completa após um período de tratamento intensivo.

Impactos cardíacos

As complicações cardíacas relacionadas à dengue incluem miocardite e insuficiência cardíaca, com sintomas como falta de ar e fadiga. Além disso, pessoas em uso de anticoagulantes que contraem dengue têm um risco aumentado de AVC, conforme destacado por Starling.

Problemas renais

A doença também pode causar sérios problemas renais, como insuficiência renal aguda, especialmente em pacientes com função renal pré-existente comprometida, potencialmente levando à necessidade de diálise.

Outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti

Não só a dengue, mas também a chikungunya e o vírus da zika, transmitidos pelo mesmo vetor, representam sérios riscos à saúde. A chikungunya pode resultar em dor articular crônica, enquanto a zika é particularmente perigosa para mulheres grávidas, podendo causar microcefalia nos bebês.