Teste do pezinho em Minas Gerais diagnostica primeiro caso de AME

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou a identificação do primeiro caso de Atrofia Muscular Espinhal (AME) através do Teste do Pezinho ampliado. O diagnóstico foi feito em uma criança de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, que realizou o exame em 30 de janeiro, data em que o Programa Estadual de Triagem Neonatal (PTN-MG) começou a incluir novas doenças em sua lista de rastreamento.

Com a inclusão da AME, da Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) e da Agamaglobulinemia (Agama), o número de condições pesquisadas pelo teste aumentou para 15. A detecção precoce da AME na pequena Heloísa permitiu que ela recebesse atendimento especializado em 8 de fevereiro no Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas, facilitando o início imediato do tratamento.

Impacto do Diagnóstico Precoce

A detecção precoce de doenças através do Teste do Pezinho é fundamental para o tratamento eficaz, especialmente em condições como a AME, que pode ser fatal se não tratada precocemente. A tia de Heloísa compartilhou o alívio da família com o diagnóstico antecipado, destacando a importância do apoio médico imediato e das expectativas positivas para o tratamento da criança.

A Importância da Expansão do Teste do Pezinho

A ampliação do Teste do Pezinho em Minas Gerais, que agora abrange 15 doenças, é um avanço significativo na saúde infantil. A iniciativa permite a identificação de condições graves que, sem um diagnóstico precoce, poderiam não ser detectadas até que sintomas mais graves se manifestassem. A SES-MG investirá R$12 milhões na operacionalização desta expansão, reforçando o compromisso do estado com a prevenção e o tratamento de doenças raras e potencialmente graves desde os primeiros dias de vida.

O Teste do Pezinho

Realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o estado, o Teste do Pezinho é essencial para a detecção precoce de diversas doenças congênitas. A coleta é feita a partir de uma punção no calcanhar do bebê, idealmente entre o terceiro e o quinto dia de vida. Em 2023, cerca de 200 mil amostras foram analisadas em Minas Gerais, com aproximadamente 400 diagnósticos confirmados e acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).