Vacina da AstraZeneca tem 79% de eficácia, diz laboratório

A Astrazeneca divulgou nesta segunda-feira (22), que a vacina contra a Covid-19, produzida pelo laboratório, demonstrou eficácia de 79% contra casos sintomáticos e que nenhum problema relacionado à produção de coágulos foi identificado. 

O laboratório informou também que a vacina demonstrou eficácia de 100% na prevenção de casos graves e de hospitalizações em decorrência da doença. Segundo o que foi divulgado, o comitê não identificou “nenhum risco adicional de trombose ou de acontecimentos caracterizados por trombose entre os 21.583 participantes que receberam ao menos uma dose da vacina". Além disso, o imunizante foi efetivo em 80% das pessoas testadas que tinham mais de 85 anos. 

"Os dados reafirmam os resultados prévios observados em testes da AZD1222 em todas as populações de adultos, mas é muito emocionante ver pela primeira vez resultados de eficácia da mesma forma em pessoas de mais de 65 anos", enfatizou uma das pesquisadoras que coordenou os testes, Ann Falsey.

"Os resultados são uma ótima notícia, porque mostram a eficácia notável da vacina em um novo grupo e são condizentes com os resultados dos testes liderados pela Oxford", afirmou Andrew Pollard, que administra o Grupo de Vacinas de Oxford.

Dos 32.449 pacientes testados nesta fase 3, 20% tinham 65 anos e quase 60% desses possuíam comorbidades. Além disso, 21.583 dos participantes que receberam uma dose, não há risco de trombose, afirmou o comunicado.

No dia 12 de março, o registro definitivo à vacina AstraZeneca/Oxford foi concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido foi realizado pela Fiocruz em janeiro. 

A vacina já tinha autorização para o uso de forma emergencial e agora é a segunda com registro definitivo no Brasil. A primeira definitiva é a vacina da Pfizer, que não tem acordo com o governo brasileiro.