Biomédica é presa em Minas Gerais por morte de cliente em lipoaspiração

Em um episódio alarmante ocorrido no centro de Divinópolis, região Centro-Oeste de Minas Gerais, uma biomédica de 34 anos foi presa preventivamente nesta sexta-feira, acusada pela morte de uma cliente durante um procedimento de lipoaspiração em sua clínica. O incidente, que culminou na prisão realizada pela Polícia Civil em um condomínio de Nova Lima, na Grande BH, traz à tona graves irregularidades no estabelecimento médico.

Circunstâncias do procedimento

Segundo relatos, a vítima, uma mulher de 46 anos, teria sido atraída por uma oferta promocional da clínica, onde o custo original do procedimento de R$ 18 mil foi reduzido para R$ 12 mil. O valor incluía um agendamento imediato, sem a necessária avaliação dos riscos cirúrgicos. Durante a cirurgia, a paciente sofreu uma parada cardiorrespiratória, sendo imediatamente socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU), porém, não sobreviveu ao incidente.

Investigação e descobertas

A morte da cliente levou a uma minuciosa investigação na clínica, revelando uma série de irregularidades, desde a falta de equipamentos de suporte vital até a ocultação de itens utilizados nos procedimentos. A conclusão do inquérito policial apontou que a causa da morte foi uma combinação fatal de intoxicação por anestésicos, hemorragia, parada cardiorrespiratória e aspiração, resultando em lesão pulmonar.

Consequências e responsabilidades

A apuração do caso estendeu-se para além da biomédica, com indiciamentos adicionais a outros três funcionários da clínica. As evidências coletadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sugerem que a profissional assumiu o risco de causar a morte ao realizar o procedimento sem a devida habilitação e em condições inadequadas, configurando o cenário como homicídio qualificado.