Haddad destaca cooperação inter-poderes frente a ajuste orçamentário
Ministro da Fazenda enfatiza remanejamento, não corte, em resposta ao desafio fiscal
Por Plox
22/03/2024 13h40 - Atualizado há cerca de 1 ano
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância da colaboração entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para assegurar a estabilidade fiscal do Brasil, após o anúncio de um ajuste de R$ 2,9 bilhões no orçamento de 2023. Durante pronunciamento nesta sexta-feira (22), Haddad ressaltou que o equilíbrio fiscal não se sustenta unicamente pelas ações do governo federal, mas sim por uma "ação harmoniosa" entre todos os poderes, visando prevenir quaisquer surpresas indesejáveis nas finanças do país.

Articulação por Estabilidade
O ajuste financeiro, descrito pelo ministro como um remanejamento e não um corte de recursos, visa atender a necessidades urgentes que não estavam previstas inicialmente no planejamento. Segundo ele, o movimento é justificado por despesas previdenciárias inesperadas e segue os parâmetros legais do arcabouço fiscal, que estabelece limites para o gasto público.
Visão Otimista da Economia
Haddad apresentou uma visão positiva sobre a economia brasileira, mencionando expectativas de redução nas taxas de juros pelo Copom e projeções de inflação controlada dentro das metas estabelecidas. Ele também tocou no panorama internacional, indicando possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve americano como fatores que podem beneficiar a política monetária do Brasil.
Rumo ao Déficit Zero
Em meio aos esforços para alcançar um déficit zero, o ministro lembrou que ajustes e revisões orçamentárias são procedimentos normais, sobretudo após a transição de um "quadro caótico" herdado do governo anterior. Ele criticou indiretamente a gestão de Jair Bolsonaro, apontando decisões que comprometeram o orçamento, como a renúncia fiscal com o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o não pagamento de precatórios, que excederam as previsões.
Desafios e Estratégias no Congresso
Ao abordar as relações com o Congresso Nacional, Haddad relatou a tramitação de medidas econômicas destinadas a aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas. Ele reconheceu ajustes nas propostas enviadas pelo governo e expressou intenção de realizar correções por meio de Medida Provisória quando necessário. O ministro enfatizou a importância do diálogo e da colaboração mútua para avançar na direção dos objetivos fiscais compartilhados, ressaltando tanto conquistas quanto desafios enfrentados nesse processo.