Redução de jovens sem estudo ou emprego no Brasil, revela IBGE

Pesquisa aponta melhoria na inserção de jovens no mercado de trabalho e educação

Por Plox

22/03/2024 13h27 - Atualizado há cerca de 1 ano

O Brasil registra uma redução na quantidade de jovens entre 15 e 29 anos que não estão empregados nem inseridos no sistema educacional, conforme dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, cerca de 19,8% dessa faixa etária encontrava-se nesta condição, o que representa uma leve melhora em relação aos anos anteriores.

Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

Diminuição dos "Nem-Nem"

Em termos absolutos, o número chegou a 9,6 milhões de jovens, indicando um decréscimo comparado com as estatísticas de 2022 e 2019, quando as porcentagens eram de 20% e 22,4%, respectivamente. Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE, atribui esse fenômeno a um aumento na participação dos jovens no mercado de trabalho nos últimos anos, mais do que a um avanço significativo no setor educacional.

A situação é particularmente mais acentuada entre os jovens de 18 a 24 anos, período considerado ideal para o ensino superior, onde 24% não estavam estudando nem trabalhando. Por outro lado, observa-se um cenário diferente nas faixas etárias de 15 a 17 anos e de 25 a 29 anos, com predominância daqueles que estudam ou trabalham, respectivamente.

Distribuição por Faixa Etária

Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a maioria esmagadora (81,2%) está focada exclusivamente nos estudos, um cenário visto como ideal. Já na faixa de 25 a 29 anos, 59,2% dedicam-se integralmente ao trabalho. Esse panorama reflete uma transição do foco educacional para o trabalho à medida que os jovens avançam em idade.

Qualificação Profissional

A pesquisa também apontou para a realidade dos jovens sem ensino superior completo, totalizando 24,9 milhões que não estão engajados em educação formal, cursos profissionalizantes ou preparatórios para o vestibular. Apenas uma minoria dos estudantes de ensino médio está atualmente cursando qualificação técnica ou magistério, indicando uma área com potencial para desenvolvimento de políticas públicas focadas em educação profissionalizante.

Esse levantamento do IBGE destaca a importância de se criar oportunidades educacionais e de trabalho para os jovens, visando a reduzir ainda mais o número daqueles que não estudam nem trabalham, e melhorar a qualificação profissional da população jovem brasileira.

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