Mãe e namorada têm prisão preventiva decretada por torturar menina

A criança esperou três dias por socorro

Por Plox

22/04/2021 09h38 - Atualizado há cerca de 3 anos

A Justiça decretou, na quarta-feira (21), a prisão preventiva, de seis anos, para as mulheres acusadas de torturar uma menina de seis anos, em Porto Real, no Rio de Janeiro. 

O juiz Marco Aurélio da Silva Adania disse que “a criança vinha sendo privada de alimentação há meses e, por conta das agressões sofridas, encontra-se internada em estado grave, apresentando hemorragia intracraniana inoperável e sério risco de vir a óbito ou permanecer em estado vegetativo”. 

Na sentença, o juiz detalhou o sofrimento físico e psicológico da criança: “socos e chutes por diversas vezes, arremessada contra a parede e contra um barranco de 7 metros de altura, e de ser chicoteada com um cabo de TV”, descreveu. A menina é filha e enteada das agressoras. 

“A prisão das flagranteadas merece ser mantida para a conveniência da instrução criminal, diante do fato de que as testemunhas/vítimas, por certo, sentir-se-ão amedrontadas em prestar depoimento estando estas em liberdade”, alegou Marco Aurélio da Silva Adania. 

O juiz também destacou que a madrasta tem histórico de violência e uma passagem por agredir a própria mãe. 

Entenda o caso 

Uma criança de seis anos foi intubada em estado grave na segunda-feira (19). A menina teria sido agredida pela mãe e a namorada com fio de tv, chutes, socos e pisadas. O caso aconteceu em Porto Real-RJ. 

De acordo com as informações da Polícia Militar, as agressões aconteciam desde sexta-feira (16) pela mãe e madrasta da criança. Elas teriam arremessado a menina contra a parede de um barranco de cerca de sete metros de altura.

A mãe da madrasta da vítima foi quem acionou o socorro. “Pensei que ela tivesse morrido, fiquei assustada. Ela estava com o olho meio aberto, parada, não respondia nada. Aí, insisti para chamar o socorro, mas minha filha disse que me mataria se eu falasse a verdade sobre o que aconteceu. Eu só espero que ela fique presa e pague pelo que fez”, disse à imprensa.


 

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