Endividamento em Belo Horizonte: média de duas dívidas por CPF alcança R$ 5 mil

No encerramento de março, a população de Belo Horizonte registrou uma dívida média significativa de R$ 5.006,67 por pessoa, conforme informações da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Notadamente, o grupo etário de 30 a 39 anos se destaca com uma média de débitos ainda maior, alcançando R$ 6.070,63 por CPF, impulsionada por fatores como contratos estudantis não quitados e um estilo de vida mais ativo que favorece o acúmulo de dívidas.

Em detalhes, cada cidadão belo-horizontino possui, em média, duas dívidas, sendo a maioria delas com instituições bancárias, que representam 65,52% do total. Seguem-se as dívidas com serviços de água e luz, que correspondem a 16,16%, serviços de comunicação, com 6,62%, e comércios diversos, totalizando 3,55%.

Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, comenta sobre o perfil de gastos do grupo mais afetado: "Esse grupo possui contratos estudantis com pagamento atrasado ou em negociação, o que faz com que o valor devido por ele seja maior. Além disso, são pessoas com a vida social, profissional e pessoal bastante ativas, o que os torna mais propensos a gastos”.

O levantamento também apresenta o valor médio das dívidas para outras faixas etárias na capital mineira, sendo elas: de R$ 3.362,71 para jovens de 18 a 24 anos, R$ 5.542,41 para adultos de 40 a 49 anos, e R$ 4.045,55 para idosos de 65 a 84 anos.

Quanto à distribuição por idade no cadastro de inadimplentes, as faixas de 25 a 39 anos e de 40 a 64 anos apresentam os maiores percentuais, com 32,37% e 45,67% respectivamente. Os idosos acima de 65 anos representam 17,3% do total. A inadimplência geral na cidade mostrou um aumento de 2,96% em março em relação ao mesmo mês do ano anterior. 

O estudo indica que, embora os homens tenham um saldo devedor maior, de R$ 5.298,84, as mulheres, com um total de R$ 4.919,60, muitas vezes se veem responsáveis pelas despesas domésticas, o que pode impactar negativamente suas finanças.

"A dinâmica mais favorável da economia ajudou a estabilizar os índices e melhorar a renda disponível, explicando a moderação da inadimplência no período", conclui Marcelo de Souza e Silva.