Epidemia de dengue em São Paulo atinge quase todos os bairros e causa 67 mortes

Em São Paulo, a cidade enfrenta uma alarmante epidemia de dengue, com exceção de dois de seus 96 distritos administrativos. Segundo o mais recente boletim de arboviroses, Moema e Jardim Paulista são os únicos bairros que apresentam menos de 300 casos da doença por 100 mil habitantes. Essa marca é considerada o limiar para a classificação de uma situação epidêmica.

O maior número de casos foi observado no bairro Vila Jaguara, localizado na Zona Oeste, onde o índice alarmante alcançou 9.651,1 casos por 100 mil pessoas. A lista completa dos bairros afetados inclui localidades em várias regiões da cidade, com destaque para áreas como Água Rasa, Campo Limpo e Vila Mariana.

Os dados acumulados da cidade revelam que houve 205.121 casos de dengue, representando quase 30% do total registrado em todo o estado. Tragicamente, a cidade já contabiliza 67 mortes devido à doença neste ano, conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde.

Em termos de prevenção, a prefeitura anunciou que não expandirá a faixa etária de vacinação contra a dengue, apesar da permissão do Ministério da Saúde para tal. A decisão foi tomada com o objetivo de utilizar as doses disponíveis, que expiram antes de 30 de abril, prioritariamente para vacinar crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. A campanha de vacinação está ativa em todos os postos de saúde da cidade, sendo necessário que as crianças estejam acompanhadas de um responsável e portem documento de identidade, cartão de vacina e comprovante escolar ou de residência para receber o imunizante. Além disso, as crianças que foram diagnosticadas com dengue nos últimos seis meses não são elegíveis para a vacina.

Para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, a população é aconselhada a eliminar qualquer possibilidade de água parada, que serve de criadouro para o mosquito. Medidas incluem colocar areia nos pratos das plantas, trocar a água semanalmente, furar e cobrir pneus velhos, além de manter garrafas e recipientes vazios sempre fechados ou invertidos. É essencial também a manutenção regular de caixas d’água e a limpeza de áreas que possam acumular água da chuva.