Deputado ironiza morte do papa com montagem de Moraes
Gustavo Gayer publica imagem do ministro Alexandre de Moraes vestido de papa e diz que ele teria '24 horas para ser nomeado'
Por Plox
22/04/2025 09h01 - Atualizado há 9 dias
A morte do papa Francisco, anunciada na manhã desta segunda-feira (21), gerou manifestações de pesar ao redor do mundo, mas também resultou em polêmicas no cenário político brasileiro.

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), conhecido por seu posicionamento alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, fez uma publicação nas redes sociais ironizando o falecimento do pontífice. Em sua conta no X (antigo Twitter), ele divulgou uma montagem em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, aparece caracterizado como papa, com a legenda: “Moraes deu 24 horas pra ser nomeado o próximo papa”.

A postagem rapidamente gerou reações nas redes sociais, com críticas de internautas que consideraram o conteúdo ofensivo e desrespeitoso em um momento de luto para a comunidade católica. $&&$“Moraes deu 24 horas pra ser nomeado o próximo papa”$, escreveu o parlamentar, em tom de ironia.
Na mesma publicação, outro internauta compartilhou uma segunda montagem, ainda mais polêmica, na qual o ministro aparece novamente vestido como pontífice, mas realizando um gesto associado ao nazismo. A imagem também circulou e foi alvo de indignação.
O papa Francisco morreu aos 88 anos, após enfrentar uma longa internação para tratar de uma bronquite que evoluiu para pneumonia bilateral. Apesar de ter recebido alta há cerca de um mês, ele não resistiu às complicações da doença. O Vaticano confirmou que ele morreu em seu apartamento na residência de Santa Marta, onde vivia desde o início de seu pontificado.

Francisco foi o primeiro papa sul-americano e o primeiro jesuíta a assumir o cargo máximo da Igreja Católica. Sua morte encerra um pontificado marcado pelo apoio à causa ambiental e ao diálogo inter-religioso, e pela constante defesa da Amazônia e dos povos indígenas.
O episódio envolvendo o deputado Gayer levanta novos questionamentos sobre o limite da liberdade de expressão nas redes sociais, especialmente quando se trata de figuras públicas e temas sensíveis como a morte de um líder religioso.