Lula se movimenta para barrar avanço da direita no Senado em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem intensificado sua atuação nos bastidores políticos ao identificar uma ameaça crescente nas articulações da direita para dominar o Senado Federal nas eleições de 2026.

Foto: Presidência

Segundo informações divulgadas por Bela Megale, do jornal O Globo, Lula tem confidenciado a aliados sua disposição em priorizar a eleição de senadores comprometidos com sua agenda política, mesmo que isso implique abrir mão de governadores aliados nos estados. Em conversas com membros do governo, o petista tem reforçado que está disposto a 'trocar um governador por um senador', destacando a importância estratégica do Senado na próxima legislatura.

A preocupação do presidente surge diante do avanço do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, que atuam em conjunto para consolidar uma maioria conservadora na Câmara alta. A meta é fazer frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente às ações do ministro Alexandre de Moraes, frequentemente criticadas por lideranças bolsonaristas.

Nas eleições de 2026, haverá renovação de dois terços das cadeiras do Senado – cada unidade da federação irá eleger dois senadores, o que torna o pleito ainda mais decisivo para o equilíbrio de forças no Congresso Nacional. Temendo um cenário desfavorável para o campo progressista, Lula tem buscado alternativas dentro do próprio governo, incluindo a possibilidade de que ministros deixem seus cargos para se lançarem como candidatos ao Senado, abrindo mão de eventual candidatura ao Executivo estadual.

Enquanto isso, o PL avança em suas alianças com outras siglas para formar uma ampla frente conservadora no Senado, com vistas a garantir a presidência da Casa a partir de 2027. A movimentação é parte de uma estratégia robusta da direita para consolidar influência e travar decisões do Supremo Tribunal Federal que consideram abusivas.

\"Troco um governador por um senador\", teria dito Lula a aliados próximos, em referência à sua prioridade nas eleições de 2026.