Menina morre após irmão por suposto envenenamento com ovo de Páscoa em Imperatriz
Evelyn, de 13 anos, faleceu cinco dias após a morte do irmão de 7 anos; polícia investiga envenenamento planejado por ex do namorado da mãe
Por Plox
22/04/2025 17h27 - Atualizado há 3 dias
Cinco dias após a morte do irmão, Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, também morreu em Imperatriz (MA), vítima de um suposto envenenamento. O caso teve início na noite de 16 de abril, quando a família recebeu um ovo de Páscoa entregue por motoboy, acompanhado de um bilhete que dizia: "Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa".
O irmão de Evelyn, Luís Fernando, de 7 anos, passou mal logo após consumir o chocolate. Ele foi levado às pressas para o hospital, mas não resistiu e morreu ainda na madrugada do dia 17. A mãe das crianças, Mirian, também apresentou sinais de intoxicação enquanto acompanhava o filho na unidade de saúde, sendo internada em estado grave na UTI.

Evelyn, que também havia consumido o doce, foi hospitalizada com os mesmos sintomas. Ela permaneceu internada até o dia 21, quando morreu devido a um choque vascular e falência múltipla de órgãos, segundo boletim médico. Mirian segue internada, mas apresenta melhora significativa e pode receber alta nos próximos dias.

A principal suspeita do crime é Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, ex-companheira do atual namorado de Mirian. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, ela teria cometido o crime por ciúmes e vingança. Jordélia viajou cerca de 380 km de Santa Inês a Imperatriz, usou nome falso e peruca para se hospedar em um hotel e comprou o ovo de Páscoa envenenado, que foi enviado como se fosse um presente carinhoso.

Imagens de câmeras de segurança registraram sua presença no hotel por volta das 23h50. Algumas horas depois, às 2h30, ela embarcou de volta para Santa Inês, sendo presa ao chegar à cidade. Com ela, foram apreendidos restos de chocolate, perucas, crachás falsos e bilhetes usados para simular um serviço de degustação de trufas.

O Instituto de Criminalística está analisando as amostras de sangue das vítimas e dos produtos apreendidos com a suspeita. O laudo toxicológico, que deve confirmar o tipo de substância usada, tem previsão de conclusão em até 10 dias. Jordélia foi transferida para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís, onde segue à disposição da Justiça.
