STF proíbe uso de celulares durante julgamento do núcleo 2

Dispositivos foram lacrados na entrada do plenário onde ocorre sessão sobre suposta tentativa de golpe de Estado

Por Plox

22/04/2025 11h58 - Atualizado há 17 dias

Em uma medida que chamou atenção pela rigidez, o Supremo Tribunal Federal decidiu proibir a entrada de celulares na Primeira Turma da Corte durante o julgamento do chamado 'núcleo 2' da ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.


Imagem Foto: STF


A sessão, marcada para esta terça-feira (22), exigiu que todos os presentes entregassem seus aparelhos, que foram lacrados em sacos plásticos ainda na entrada do prédio onde ocorre a reunião da Turma. A ação, segundo o STF, tem como objetivo coibir registros não autorizados e vazamentos de informações visuais durante o julgamento.



A decisão foi tomada após incidentes ocorridos em sessões anteriores, principalmente no julgamento do 'núcleo 1', no qual estava incluído o ex-presidente Jair Bolsonaro. Naquela ocasião, diversas pessoas desrespeitaram a proibição e registraram imagens e vídeos de Bolsonaro, causando desconforto dentro do STF.


Um dos episódios mais emblemáticos foi o protagonizado pelo advogado Sebastião Coelho. Impedido de entrar no plenário por não estar credenciado, ele gravou a discussão com os seguranças e publicou nas redes sociais. Na ocasião, chegou a receber voz de prisão, sendo posteriormente liberado após o registro do caso pela Polícia Judiciária. Ao ser abordado novamente na entrada da Primeira Turma nesta terça, Coelho afirmou estar sem celular.



A ação também mira evitar novas violações. Um dos alvos da denúncia do 'núcleo 2', o ex-assessor Filipe Garcia Martins, foi advertido pelo ministro Alexandre de Moraes de que o uso de celular dentro do plenário resultaria na conversão de suas medidas cautelares em prisão.


“Se Filipe Martins for filmado ou flagrado utilizando qualquer aparelho, poderá ser preso imediatamente”, afirmou Moraes

.

Com isso, o Supremo reforça o controle sobre os procedimentos no julgamento de um dos processos mais sensíveis do momento, reafirmando seu compromisso com a ordem durante as sessões.



O caso continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela sociedade, com forte repercussão política e midiática.


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