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    Carros elétricos compartilhados podem gerar economia de até R$ 8 milhões

    “O governo distrital tem uma frota de 1.927 veículos próprios e 572 alugados que consomem R$ 16 milhões por ano. A previsão é que este custo caia aproximadamente R$ 8 milhões”

    Por Plox

    22/05/2019 12h27 - Atualizado há quase 5 anos

    Brasília receberá um projeto pioneiro de compartilhamento de veículos elétricos a partir do segundo semestre deste ano. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Governo do Distrito Federal fecharam uma parceria que irá disponibilizar inicialmente 16 carros do modelo Twizy, da marca Renault, para serem usados por servidores distritais. Além disso, o projeto terá 35 eletropostos (pontos de recarga) que serão instalados nas ruas da capital do país e servirão para abastecer qualquer veículo elétrico, sem custos aos usuários. Isso tornará Brasília uma das cidades brasileiras com maior número de eletropostos. O Distrito Federal tem vantagens para o uso de carros elétricos, tais como o relevo predominantemente plano, o que reduz o consumo de bateria, a temperatura favorável e a tensão de 220 volts, dispensando adaptações para a instalação dos eletropostos. Além disso, a cidade apresenta o segundo pior tempo médio de espera por ônibus ou metrô no mundo: 28 minutos, o que revela a necessidade de melhorias na mobilidade urbana.

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    “A ABDI defende uma política de eletromobilidade como uma alternativa para o futuro das nossas cidades. Construímos um Laboratório Vivo em parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e testamos as soluções que vamos implementar neste projeto em Brasília. A decisão de trazer para a capital do país esta proposta se deve também pela disposição do Governo do Distrito Federal que se prontificou a realizar esta parceria”, destacou Guto Ferreira, Presidente da ABDI. O governo distrital tem uma frota de 1.927 veículos próprios e 572 alugados que, apenas com manutenção e combustível, consomem R$ 16 milhões por ano. A previsão é que este custo caia expressivamente (aproximadamente R$ 8 milhões, a depender da adesão dos usuários e de testes a serem realizados). Com isso, o investimento de R$ 2,3 milhões da ABDI para a implantação do projeto, será rapidamente abatido.

    Os carros serão compartilhados por um software (Mobi-e), desenvolvido pelo PTI e usado no espaço da usina em Foz do Iguaçu (PR), que permite reservar os veículos disponíveis e acompanhar a localização deles. O aplicativo rastreia o automóvel, monitora a velocidade, a carga de bateria, as rotas percorridas e até mede a quantidade de emissão de gás carbônico que deixou de ser enviada para a atmosfera. Os carros são desbloqueados com os crachás dos funcionários cadastrados no sistema. Os veículos serão cedidos ao governo distrital em forma de comodato, com cláusulas sobre operação, manutenção, taxas e seguros. “É muito importante demonstrar as soluções em ambiente real, em uma cidade com características que permitam a avaliação dos resultados para a população e para a indústria associada. E dentre as soluções, o compartilhamento de veículos elétricos encontra-se em fase mais madura, com testes sólidos no Parque Tecnológico e na Itaipu Binacional. A ABDI tem como objetivo mudar o pensamento da nossa sociedade para que as novas tecnologias tenham mais aderência e o compartilhamento de veículos elétricos é uma delas, é o futuro da nossa mobilidade”, finaliza Guto Ferreira.

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