Fogos de Artifício em Macacos: Desafio à Nova Legislação Causa Transtorno para Moradores e Animais
O incidente em questão ocorreu em uma área notável pela sua diversificada fauna selvagem, além de ser lar de animais domésticos sob os cuidados dos residentes
Por Plox
22/05/2023 07h20 - Atualizado há quase 2 anos
Em uma recente ocorrência em Macacos, um vilarejo em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, os residentes estão enfrentando a desconsideração de uma lei que entrou em vigor em 4 de outubro de 2022. A Lei Municipal 2.933 proíbe explicitamente "a queima e a soltura de fogos de artifício com estampidos, assim como, quaisquer artefatos pirotécnicos e similares de efeito principal sonoro ruidoso". No entanto, a nova legislação não parece ter dissuadido um morador de desrespeitá-la no sábado passado (20/5).

Impactos sobre os Moradores e a Fauna Local
O incidente em questão ocorreu em uma área notável pela sua diversificada fauna selvagem, além de ser lar de animais domésticos sob os cuidados dos residentes. Os efeitos dos fogos de artifício foram bastante perturbadores para esses animais, de acordo com os relatos locais.
A fundadora do Grupo de Proteção Animal de Macacos e jornalista, Daniela Costa, deu seu testemunho sobre o acontecido: "Eu não pude sair de casa ontem por causa dos fogos, pois os cachorros estavam enlouquecidos. Teve animal que fugiu, tem animal que pula cerca, se atacam. Tenho dois cachorros idosos e eles ficam ofegantes, com medo, pânico, desorientados".
Resposta da Comunidade e da Polícia Militar
Os residentes, ao perceberem a perturbação, procuraram a Polícia Militar durante a noite. No entanto, a resposta da polícia foi que não havia viaturas disponíveis para atender à ocorrência naquele momento.
Além disso, a situação também foi desagradável para os humanos residentes, que incluem idosos e pessoas com deficiências. Maria Cristina de Almeida, uma funcionária pública aposentada de 67 anos, expressou sua indignação: "É uma falta de respeito muito grande. Tem pessoas idosas, pessoas com deficiência que se assustam. Como aqui não tem prédios, é descampado, o som entra e assusta a gente".
Reação Oficial da PMMG
Quando contatada para comentar o incidente, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) confirmou ter recebido um chamado de uma residente. No entanto, ao chegar ao local, os policiais não encontraram nenhuma evidência de uso de fogos de artifício. Segundo a assessoria, a demora no atendimento pode ter ocorrido devido ao fato de estarem lidando com outra ocorrência no momento.