Policia Militar alega perseguição e comete duplo homicídio no município de São Paulo

Conforme depoimentos de testemunhas. Gouveia, após cometer o crime, se rendeu às autoridades

Por Plox

22/05/2023 14h51 - Atualizado há quase 2 anos

No palco de uma tragédia inimaginável, o batalhão da Polícia Militar em Salto, localizado a 102 km de São Paulo, tornou-se cenário de um crime terrível na última segunda-feira, 15. Um dos integrantes da corporação, o Sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, 53 anos, foi responsável pela morte de dois de seus colegas, vítimas de tiros de fuzil.

Foto: Reprodução

Vítimas e Declarações do Acusado

As vidas ceifadas foram do Sargento Roberto da Silva e do Capitão Josias Justi, sendo este último apresentado como alvo principal pelo próprio Gouveia, conforme depoimentos de testemunhas. Gouveia, após cometer o crime, se rendeu às autoridades.

A motivação do crime, de acordo com as próprias palavras de Gouveia, foi a sensação de ter a própria vida destruída. Em um vídeo gravado logo após a ocorrência e posteriormente divulgado pelo programa Fantástico da TV Globo, Gouveia declarou, algemado: "Não aguento mais. Não estou dormindo. Meu casamento acabou", e continuou, "Ele não devia ter destruído a minha vida, ele destruiu a minha vida. Então é isso aí, elas por elas. Esse é o motivo pelo qual aconteceu."

Relatos de Testemunhas

De acordo com 15 testemunhas ouvidas durante a investigação, também divulgada pelo Fantástico, Gouveia expressava insatisfação com as escalas de trabalho e alegava sentir-se perseguido por Justi, o superior hierárquico que acabou tornando-se sua principal vítima.

Perfil de Gouveia

O perfil de Gouveia, contudo, parecia não antecipar tais ações. Descrito como uma pessoa de comportamento gentil, o sargento era conhecido por sua participação em atividades comunitárias como jogar hóquei e atuar como instrutor de patinação.

Possíveis Consequências Legais

Em face das acusações de duplo homicídio, Gouveia poderá enfrentar até 60 anos de prisão, se condenado. A Polícia Militar, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o incidente.

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