Pastor Sinval Ferreira é preso acusado de abusar de fiéis

Religioso do DF prometia livrar parentes de morte e extorquia seguidores com revelações falsas

Por Plox

22/05/2024 08h21 - Atualizado há mais de 1 ano

O pastor Sinval Ferreira, de 41 anos, conhecido por seus 30 mil seguidores nas redes sociais, foi preso preventivamente durante a Operação Jeremias 23, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O líder religioso é acusado de abusar sexual e financeiramente dos fiéis de sua igreja em Samambaia, utilizando falsas profecias para manipular e extorquir os seguidores.

Reprodução/Redes Sociais)

Manipulação e abuso sob o disfarce de profecias

Sinval Ferreira se apresentava como profeta, alegando ter visões trágicas que envolviam a morte de parentes dos membros da igreja. Para evitar tais desastres, ele afirmava que era necessário realizar rituais de "unção" que incluíam relações sexuais com ele. “Deus deu ordem para que eu salve sua esposa da morte,” disse o pastor a um fiel, justificando as suas ações.

As investigações revelaram que Ferreira abordava principalmente homens, forçando-os a receber sexo oral e a manter relações sexuais para "quebrar a maldição". Um dos seguidores relatou que, sob a ameaça de morte de um ente querido, cedeu às investidas do pastor.

Envolvimento financeiro e sexual

Além do abuso sexual, o pastor também extorquia os fiéis financeiramente. Ameaçando com visões de morte ou paralisia de parentes, ele exigia doações generosas para a igreja. Em um dos casos, uma fiel pagou passagens e hospedagem para Ferreira viajar ao Rio de Janeiro e ainda cedeu uma chácara para que o pastor realizasse orgias com outros membros da igreja.

Operação e consequências

As ações da Polícia Civil incluíram buscas nas cidades de Vicente Pires, Samambaia e Sobradinho. A Operação Jeremias 23, nomeada em referência à passagem bíblica sobre falsos profetas, resultou na prisão de Ferreira, que agora enfrenta acusações de violação sexual mediante fraude e extorsão, crimes que podem levar a uma pena de até 17 anos de prisão.

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