Rio Grande do Sul confirma segunda morte por leptospirose
A vigilância sanitária de Venâncio Aires orienta a população a procurar atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas de leptospirose, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente nas panturrilhas) e calafrio
Por Plox
22/05/2024 13h42 - Atualizado há 2 meses
Um homem de 33 anos, residente da região central de Venâncio Aires (RS), faleceu após contrair leptospirose. Esta é a segunda morte confirmada pela doença no estado do Rio Grande do Sul nos últimos dias, região fortemente atingida por temporais e enchentes desde o final de abril.
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Confirmação do óbito e investigação
A prefeitura de Venâncio Aires confirmou o falecimento em nota oficial. Familiares do homem relataram que ele teve contato com as águas das enchentes, embora tenha tomado precauções, como o uso de botas. Além desse caso fatal, o município registrou outros dois casos de leptospirose, com ambos os pacientes já recuperados. "O Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi) da capital do chimarrão aguarda o resultado de 23 investigações laboratoriais apenas neste mês", informou a prefeitura.
Outro caso fatal em Travesseiro
A outra morte foi registrada em Travesseiro, no Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas pelas enchentes. Um homem de 67 anos faleceu na última sexta-feira (17) devido à infecção, com o óbito confirmado pela secretaria municipal de saúde no domingo (19).
Sintomas e prevenção
A vigilância sanitária de Venâncio Aires orienta a população a procurar atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas de leptospirose, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente nas panturrilhas) e calafrios. Os sintomas costumam aparecer entre cinco e 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias. O tratamento é iniciado já na suspeita da doença, quando o paciente apresenta um conjunto de sinais e sintomas compatíveis e relata situação de risco nos últimos 30 dias.
Preocupação das autoridades
A leptospirose é uma grande preocupação para as autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul, especialmente devido ao alto risco de contaminação pelo contato com as águas das cheias. A infecção é causada pela bactéria leptospira, presente na urina de roedores, e é frequentemente adquirida pelo contato com água ou solo contaminados.